Petrobras perde processo de US$ 622 milhões em disputa com norte-americana Vantage Drilling

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Petrobras perde processo de US$ 622 milhões em disputa com norte-americana Vantage Drilling
03-07-2018
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informação foi divulgada pela empresa dos Estados Unidos; petroleira rescindiu contrato em 2015, mesmo ano em que a empresa dos EUA foi envolvida em denúncia da Lava Jato.

A empresa norte-americana Vantage Drilling International informou nesta segunda-feira (2) que venceu uma disputa com a Petrobras em um tribunal de arbitragem internacional. Segundo a empresa, a estatal brasileira perdeu o processo de US$ 622 milhões (o equivalente a aproximadamente R$ 2,4 bilhões).

De acordo com a nota da Vantage, o tribunal considerou que a Petrobras America (PAI) e Petrobras Venezuela Investments and Services (PVIS), subsidiárias da Petrobras, violaram um contrato de perfuração com a Vantage Deepwater.

O contrato entre as duas empresas que gerou a disputa é de 2009. Em 2015, a A Petrobras notificou a Vantage que havia encerrado o contrato, alegando que a empresa norte-americana havia violado seus termos. A Vantage, então, entrou com a ação alegando rescisão injusta.

 procuramos  a Petrobras para comentar o caso e aguarda retorno da empresa. Na divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2018, a empresa havia apontado a disputa com a Vantage Drilling International como um “processo judicial não provisionado” – ou seja, a empresa na ocasião não possuía uma “reserva” para o pagamento de uma eventual derrota porque ou não considerava provável que teria que desembolsar algum valor ou não podia fazer uma estimativa do montante que teria que pagar.

Em nota, o presidente da Vantage Drilling se disse “muito satisfeito” com a decisão do tribunal.

A Vantage Drilling International foi envolvida em uma denúncia em 2015  do Ministério Público Federal no Paraná, em uma investigação da Lava Jato sobre evasão de divisas decorrente de um contrato de afretamento de um navio sonda. A recisão do contrato aconteceu no mesmo ano.

Segundo a acusação, em troca de dinheiro, em 2009, o ex-executivo da petroleira Jorge Zelada e o ex-diretor geral da área internacional da Petrobras Eduardo Vaz da Costa Musa favoreceram a Vantage Drilling em um contrato com várias irregularidades.

Em 2016, Zelada foi condenado a 12 anos de prisão  por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Musa foi condenada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 11 anos e 8 meses de reclusão. Por causa do acordo de  delação premiada, a pena foi reduzida para 10 anos.

Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, preso na 15ª fase da Operação Lava Jato  (Foto:  Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo) orge Luiz Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, preso na 15ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)

outra derrota

No final de junho, a Petrobras já havia sofrido uma derrota na Justiça brasileira. No dia 21, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que a empresa não pode incluir no cálculo da base salarial da empresa adicionais como trabalho noturno, periculosidade e horas extras.

A decisão, contrária à estatal, pode levar a empresa a desmbolsar mais de 15 bilhões   para complementar salários de trabalhadores ativos e aposentados, além de elevar a folha de pagamento da estatal em R$ 2 bilhões por ano daqui para a frente.

A Petrobras informou na ocasião que iria recorrer da decisão, no próprio TST ou no Supremo Tribunal Federal (STF).

No primeiro trimestre de 2018, a petroleira registrou lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, o melhor resultado dos últimos 5 anos.

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