Para polícia, estudante alegouser habilitada para realizar o procedimento. Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Goiás afirma que o procedimento deve ser feito por cirurgião plástico.
Uma paciente denunciou uma estudante de biomedicina após ter queimaduras ao fazer procedimento nas partes íntimas em uma clínica em Goiânia. Segundo o delegado Jacó Machado, responsável pela investigação, a estudante foi indiciada pelo crime de lesão corporal culposa.
Não obtivemos contato da defesa da estudante para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. Segundo a denúncia da paciente, as consequências do procedimento contratado por R$ 1.450 apareceram alguns dias depois.
“Senti muita dor, inclusive dor de cabeça, dor nos pés, inchaço, muita ardência por que foi em um lugar sensível, as partes íntimas. Foi aí que senti que não estava normal”, declarou a vítima.
De acordo com o relato da vítima, a estudante foi procurada após as complicações, mas a estudante afirmava que eram reações esperadas do procedimento. O delegado Jacó explicou ao g1 que se tratava de um procedimento por impulsão eletromagnética e que leva muito tempo para ser realizado.
“Ele vai esquentando e provoca a desidratação do local, não é a laser, que é uma coisa rápida”, informou. Ainda de acordo com o delegado, a estudante declarou que trabalha na clínica há mais de um ano e que tem habilitação. O delegado Jacó informou que o indiciamento foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal.
Entramos em contato com o Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região para um posicionamento sobre a habilitação da estudante para realizar o procedimento feito na paciente, mas sem resposta até a última atualização desta reportagem.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Goiás, Fabiano Calixto, afirma que o procedimento deve ser feito por cirurgião plástico.
“Para fazer um procedimento desse, o cirurgião plástico estuda seis anos medicina, que é um curso extremamente extenso e exaustivo. Acabando isso, ele vai fazer mais seis anos para depois iniciar o exercício da cirurgia plástica. É um profissional que foi treinado, habilitado para que ele possa realizar esse tipo de procedimento”, explicou.
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