Após mais de 15 horas de júri, jovens são condenados por matar transexual e jogar corpo em meio ao lixo, em Anápolis

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Após mais de 15 horas de júri, jovens são condenados por matar transexual e jogar corpo em meio ao lixo, em Anápolis
22-07-2021
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Jovem foi morta ao ser atingida com paus e pedras após pegar carona com acusados na porta de boate, em 2017. Eles foram condenados com penas entre 26 e 35 anos de prisão; cabe recurso da decisão.

Após 15 horas de júri, quatro jovens foram condenados por matar a pauladas e pedradas a transexual Emanuelle Muniz Gomes, de 21 anos. O corpo da dela foi encontrado pela própia Mãe em meio ao lixo, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O crime aconteceu em fevereiro de 2017, após ela pegar carona com os acusados na porta de uma boate. Cabe recurso da decisão.

Não conseguimos  localizar a defesa dos jovens para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

O júri, presidido pelo juíz Linhares Camargo, começou na manhã de terça-feira (20) e foi finalizado na madrugada desta quarta-feira. Os acusados foram condenados por estupro, homicídio, tentativa de homicídio e roubo. Eles devem cumprir as penas em regime fechado (veja abaixo a pena de cada um).

Os acusados Daniel Lopes Caetano, de 24 anos, Sérgio Cesário Neto, 25, Reinivan Moisés Caetano, 24 e Márcio Machado Nunes, 22, estão presos desde maio  de 2017.

Condenações

  • Daniel Lopes Caetano – 26 anos e 10 meses
  • Reinivan Moisés Caetano – 26 anos e 10 meses
  • Sérgio Cesário Neto – 34 anos e 2 meses
  • Márcio Machado Nunes – 35 anos 4 meses

Emanuelle Muniz pegou carona na porta de uma boate em Goiás — Foto: Reprodução/Facebook

Durante o interrogatório no júri, Sérgio Cesário confessou que teve relações sexuais com a transexual, mas negou que havia a estuprado. Conforme processo, um exame pericial encontrou material genético dele nas partes íntimas da vítima. Daniel Lopes Caetano também confessou que matou a jovem em um momento de “loucura”. Não consta na sentença o que os demais acusados disseram durante o júri.

A mãe da jovem, Edna Girlene Gomes, relembrou o crime durante o julgamento e, ao final, com a sentença, disse que a justiça foi feita.

“Agora eu posso ficar mais em paz.”, disse.

Emanuelle Muniz pegou carona na porta de uma boate em Goiás — Foto: Reprodução/Facebook

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