Considerado maior estuprador em série de Goiás é condenado a mais 8 anos de prisão por estuprar mulher em lote baldio, diz MP

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Considerado maior estuprador em série de Goiás é condenado a mais 8 anos de prisão por estuprar mulher em lote baldio, diz MP
25-03-2021
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Crime aconteceu em 2019, em Aparecida de Goiânia. Réu foi indiciado por outros 31 estupros e está preso. Cabe recurso da decisão.

Considerado o  maior estuprador em série  de Goiás, Wellington Ribeiro da Silva foi condenado a mais 8 anos de prisão por um estupro que aconteceu em 2019 em um lote baldio de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ele foi indiciado por outros 31 estupros  e está preso no presídio da cidade. Cabe recurso da decisão.

Como o caso corre em segredo de Justiça,  não conseguimos  localizar a defesa do réu.

A audiência aconteceu na última segunda-feira (22). De acordo com a denúncia oferecida pela promotora de Justiça Valéria Cristina de Paula Magalhães, no dia do crime, a mulher caminhava pela rua, no Setor Buriti sereno, quando foi surpreendida pelo acusado, que pilotava uma moto.

Ainda conforme a denúncia, ele sacou uma arma e anunciou um assalto, ordenando que a pedestre lhe entregasse o celular e a bolsa. Em seguida, ordenou que ela subisse na garupa da motocicleta e a levou até um lote baldio, onde cometeu o estupro.

Quando foi preso, em 2019, uma avaliação psicológica feita pela polícia mostrou que o réu é frio e sabia com plena consciência a gravidade do que estava fazendo. Ele também chegou a admitir que cometia os crimes usando capacete.

Sentença

Ao proferir a sentença, a juíza Débora Letícia Dias Veríssimo ponderou que os relatos da vítima no boletim de ocorrência da Polícia Civil e no termo de declarações em juízo foram coerentes e harmônicos, inexistindo contradições ou mudanças de narrativa sobre sua versão do ocorrido, o que lhe confere credibilidade.

Segundo a magistrada, a palavra da vítima, nos delitos sexuais, cometidos às escondidas e longe de outras testemunhas, “assume preponderante importância, por ser a principal fonte de provas de que dispõe a acusação para demonstrar a responsabilidade do acusado”.

Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi preso em 2019 — Foto: Vitor Santana/G1

Além disso, de acordo com a magistrada, o exame de perícia criminal verificou a presença de DNA de origem masculina nas amostras biológicas relacionadas à vítima e estabeleceu condição de verossimilhança com o perfil genético masculino obtido do réu.

Ao dosar a pena, a juíza condenou o réu a sete anos de reclusão, como pena-base, e aumentou um ano em razão da agravante da reincidência. No entanto, o absolveu do crime de roubo, em razão da falta de provas. Também arbitrou indenização de R$ 5 mil em favor da vítima, o MP-GO havia pedido indenização de R$ 50 mil. A juíza manteve ainda a prisão preventiva do réu.

Primeira condenação

O réu já foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por outro estupro, no dia 24 de setembro de 2020. Segundo a denúncia do crime que foi julgado na época, a vítima se tratava de uma mulher que estava saindo de uma escola na Vila Romana, em Aparecida de Goiânia, quando foi abordada pelo autor do crime.

De acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o criminoso estava sentado em sua moto usando o aparelho celular quando viu a vítima passar, sacou a arma e apontou para a cabeça dela anunciando um assalto. Segundo a denúncia, o autor forçou a vítima a entrar em lote baldio na região, onde cometeu o estupro.

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), dos 31 casos em que ele foi indiciado, 17 já se tornaram ações na Justiça.

Operação Impius

Os primeiros estupros foram registrados em 2008. Segundo a polícia, em 2011, Wellington chegou a ser preso depois de violentar uma mulher e a filha dela, recém-nascida, que tinha apenas cinco meses de vida.

Na época, ele foi levado para o Mato Grosso porque lá respondia por outros crimes como assaltos e assassinatos. Havia uma condenação de 57 anos de prisão pela morte de uma mulher e os dois filhos. Mas, em 2013, ele conseguiu fugir da prisão e voltou a Goiás.

Para não ser pego novamente, o estuprador, segundo a polícia, estrategicamente não tinha conta em banco, não usava redes sociais nem smartphones e ainda roubava identidades de pessoas que se pareciam com ele para usar os documentos e despistar a polícia.

A força-tarefa que resultou na prisão de Wellington, batizada de Impius, durou 45 dias e envolveu mais de 40 pessoas. Ela teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o perfil genético dele em várias vítimas de estupro.

Segundo a polícia, em 2015, foram coletados vestígios do criminoso em uma vítima e inseridos no banco genético. Em 2017, foi coletado novo material genético em outra mulher, o qual coincidiu com a amostra anterior.

No mesmo ano, de acordo com as investigações, apareceram outras quatro vítimas compatíveis ao material genético do suspeito. No final de 2018 já somavam nove mulheres, e isso chamou a atenção da Polícia Técnico-Científica, que avisou à Polícia Civil.

A identificação do maior estuprador em série de Goiás está entre as investigações criminais mais importantes do mundo. O concurso “DNA Hit of the Year” avalia investigações criminais em que a análise do DNA foi essencial para esclarecer casos.

Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi preso em 2019 — Foto: Vitor Santana/G1

Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás foi preso em 2019 — Foto: Polícia Civil/Divulgação

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