Doca Street, condenado por assassinar Ângela Diniz, morre em São Paulo

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Doca Street, condenado por assassinar Ângela Diniz, morre em São Paulo
19-12-2020
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Ele cumpriu a pena de 15 anos de prisão por matar a companheira com quatro tiros no rosto em Búzios, no Rio de Janeiro, em 1976.

O empresário Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, contenado a 15 anos de prisão por ter matado a socialite Ângela Diniz, morreu nesta sexta-feira (18), aos 86 anos, em São Paulo.

Segundo familiares, ele teve um ataque cardíaco e morreu no Hospital Samaritano. Ele deixou três filhos e netos.

Doca era companheiro de Ângela e os dois haviam terminado o relacionamento pouco antes do crime. Ele matou Ângela com quatro tiros no rosto, em dezembro de 1976, durante uma discussão do casal em Búzios, no Rio de Janeiro, onde a socialite tinha uma casa na Praia dos Ossos.

O casal havia se conhecido meses antes. Doca abandonou, na época, sua esposa e filhos para viver o romance com Ângela Diniz. O corpo de Ângela foi enterrado em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O empresário foi condenado, inicialmente, a 2 anos de prisão e conseguiu a suspensão da pena. O Ministério Público recorreu e, em 1981, ele foi condenado por homicídio a 15 anos de prisão, cuja pena foi cumprida.

A defesa de Doca alegou “legítima defesa da honra” para tentar absolvê-lo do caso, o que provocou indignação dos movimentos feministas. Ele alegou ter matado “por amor”.

A tese era válida desde o Código Penal de 1940 e não pode ser usada mais no Brasil desde a Constituição de 1988.

O argumento gerou polêmica. Militantes feministas organizaram um movimento cujo slogan – “quem ama não mata” – tornou-se, anos mais tarde, o título de uma minissérie da Globo.

Na época, o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”, se referindo à estratégia da defesa de Doca Street de culpabilizar Ângela Diniz pelo crime.

Em 2006, Doca Street chegou a lançar um livro trinta anos depois do crime, chamado “Mea Culpa”, onde conta a versão dele sobre o crime. O livro foi alvo de críticas da família da socialite.

Doca Street — Foto: Reprodução/TV Globo

Doca Street morava em SP e deixa filhos e netos — Foto: Reprodução/Redes Sociais

 Raul Fernando do Amaral Street, o 'Doca Street', durante o seu primeiro julgamento, no Fórum de Cabo Frio (RJ), pela morte da socialite Ângela Diniz — Foto: Plínio Santos/Estadão Conteúdo/Arquivo
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