Educação Faz-de-Conta de um Governo Faz-de-Conta

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Educação Faz-de-Conta de um Governo Faz-de-Conta
07-09-2014
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O que se deu no dia 5-9-2014 com a divulgação dos novos números foi um remake da farsa de 2011, coisa mal ajambrada

Os governadores sucateiam a educação em seus Estados, determinam que se aprove ao máximo e o MEC, feliz com os índices que melhoram a imagem do país junto aos organismos da ONU, bate palmas.
O que se deu ontem, com a divulgação dos novos números foi um remake da farsa de 2011, coisa mal ajambrada do senhor Mercadante, então ministro da Educação. Naquele ano, Goiás viveu duas greves de professores, uma em cada semestre, e fomos os “maiorais”. Ou seja, inexistiram aulas durante seis meses no ano letivo, e fomos os tranchans.
Vergonhosamente, o Estado manipula os dados – e não sou em quem o diz, mas os profissionais da área – a ponto de não se saber corretamente sobre informações indispensáveis para a avaliação. E principalmente no ensino médio, historicamente tido como o “calcanhar de Aquiles” da Educação em Goiás.
O BID desmonta a farsa
A Educação brasileira, antes desta injustificada euforia, havia sido colocada em  ema voltou a entrar em evidência neste mês com um relatório do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) apontando que, entre os jovens mais pobres, menos de um terço conclui o ensino médio no Brasil.
É cediço que todos os problemas que antecedem à formação vão desaguar no ensino médio, daí a impossibilidade, nestes moldes, de ele ser bom. A criança, desde o início, vem acumulando variada gama de dificuldades de aprendizado. Lê mal, escreve mal, interpreta mal, fazendo do curso médio “oficina de reparo”.
Ocorre que sofre ele – o ensino médio – a consequência  de sua organização, a começar pelo currículo nada atrativo, resultando em reprovação ou abandono. Só para se ter uma ideia, em 2012, apenas 51,8% dos jovens de até 19 anos haviam concluído os anos finais da educação básica brasileira. Os dados são do IBGE compilados pela ONG Todos Pela Educação.
Lembremo-nos de que é nessa fase da vida em que os jovens passam a ter outros interesses, além de começarem a se sentir tentados – sobretudo se forem de baixa renda – a largar os estudos e focar esforços em entrar no mercado de trabalho.
Goiás, é importante ressaltar, apresenta alto índice de
evasão escolar, dado que a SEDUC omite, esconde, e os alunos estão trocando as escolas públicas pelas particulares. É sempre bom lembrar aos festeiros do índice de que esse crescimento na nota do IDEB também se dá pelo número de alunos que se evadiram. Quanto menos pessoas você avalia, mais a chance de elas terem um resultado melhor.
O caótico quadro da Educação por aqui
Aí venho e pergunto: para que servem os contratos temporários? Para que os contratados tudo façam e nada perguntem. O que interessa ao governo é ter o controle e o domínio sobre uma categoria que sempre teve sindicato forte. Daí a razão de não promover concursos e ter mais de 20 mil temporários em sua folha de pagamentos.
Goiás tem um déficit de 9 mil professores e de 15 mil profissionais de educação em áreas administrativas. Há seis anos que não há concursos públicos para a contratação de professores e tal não se dá há 15 anos, em relação ao pessoal da administração escolar. Como se já não bastasse a remuneração ridícula a quem tenha, no mínimo, o bacharelato em pedagogia: R$ 2 mil e 500 reais mensais.
Enquanto isso, na mesa do “patrão” governador são servidos vinhos que variam de R$ 9 mil e 30 mil reais a garrafa (Chatêau Cheval Blanc, ano 1947, o preferido). Ergam-se brindes aos índices, ainda que fajutos.
por Luiz carlos Bordoni
Contato: (62) 992719764
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