Ex-prefeito e empresário são presos suspeitos de desviar verba da saúde

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Ex-prefeito e empresário são presos suspeitos de desviar verba da saúde
06-12-2016
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Fraude na prefeitura de Pontalina causou prejuízo de mais de R$ 4 milhões.
Ex-secretário de Saúde também foi preso; duas pessoas estão foragidas.

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (6) o ex-prefeito de Pontalina, Jurandir Augusto da Silva, 47, o ex-secretário de Saúde, Neilson Antônio de Oliveira, 37, e o empresário Cristiano Silva Rodrigues, 43, suspeitos de desviar mais de R$ 4 milhões em verbas públicas destinados à compra de medicamentos. As investigações mostraram que a administração municipal repassava dinheiro a uma empresa, mas que os remédios não eram entregues. Duas pessoas ainda estão foragidas.

As investigações começaram em 2013. “No dia 1º de janeiro daquele ano não tinha remédios na Secretaria de Saúde e foi feito um pedido emergencial de compra. Porém, no dia 28 de dezembro do ano anterior, havia registro de uma compra de medicamentos no valor de R$ 100 mil, o que levantou nossa suspeita”, explicou o delegado responsável pelo caso, Patrick Carniel.

De acordo com as investigações, a fraude se divida em duas partes, uma política e a outra empresarial. A Secretaria de Saúde do município fazia o pedido de medicamentos e insumos hospitalares e até fazia o pagamento. As duas empresas suspeitas de participar do esquema, Life Med e Farma Produtos Hospitalares, emitiam notas fiscais comprovando a transação, mas nunca enviava os itens solicitados.

G1 não conseguiu contato com a defesa dos investigados até a publicação dessa reportagem.

A fraude, segundo a polícia, aconteceu entre 2011 e 2012 e causou um prejuízo de R$ 4.158.834,96. “Agora vamos para uma segunda parte das investigações, para apurar a lavagem de dinheiro, onde foi gasto, investido, quem teve a ideia para a fraude. O que sabemos é que alguns empresários abrem as empresas por um curto tempo e depois fecham, abrindo outra. Tanto que as duas empresas investigadas já fecharam, funcionavam só na gestão do Jurandir”, disse o delegado.

Outro fator que chamou a atenção da polícia foi a quantia gasta nas medicações. “O montante desviado em apenas um ano corresponde ao total gasto em quatro anos por cidades do mesmo tamanho de Pontalina, como Edéia e Rubiataba”, explicou o delegado.

Os suspeitos vão ser indiciados por peculato, fraude em licitações e associação criminosa. Somadas, as penas para esses crimes varia de 5 a 19 anos.

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