Um homem também foi indiciado como cúmplice do crime. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, o inquérito foi adicionado ao processo e o caso está na fase da intimação do Ministério Público.
A Polícia Civil indiciou uma jovem, de 28 anos, por homicídio após ela confessar ter usado uma garrafa quebrada para matar a vitima Jéssica Rodrigues, de 30 anos, durante uma briga em Acreúna, no sudoeste goiano. Um homem também foi indiciado como cúmplice do crime. Na época em que o caso aconteceu, a Polícia Militar disse que as duas mulheres eram garotas de programa e tinham discussões frequentes.
A defesa da suspeita afirmou somente que ela não teve a intenção de matar Jéssica. Segundo informações da Justiça, a jovem continua presa. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do homem, porque o nome dele não foi divulgado pelas autoridades.
O inquérito foi concluído na terça-feira (5) pelo delegado Elexandre Rossignolo e encaminhado ao Poder Judiciário. A investigação levou em consideração a perícia feita no corpo da vítima, depoimento dos envolvidos e um vídeo que registrou o momento do crime.
A filmagem mostra o momento em que a suspeita faz um gesto, parecendo chamar a vítima para a briga. Jéssica joga uma lata de cerveja no rosto da rival. Segundo depois, as duas começam a brigar e a suspeita cai no chão. Um homem se aproxima para ajudá-la a se levantar. É quando ela pega a garrafa, vai atrás de Jéssica e a golpeia no pescoço com a garrafa quebrada.
Segundo o delegado, inicialmente, pensava-se que a jovem havia pego a garrafa da cintura do homem. Mas durante os depoimentos, ele confessou ter passado o objeto para a suspeita, para que ela usasse na briga.
“A autora foi indiciada pelo crime de homicídio e um rapaz, que passou o pedaço de garrafa quebrado para ela, que foi o instrumento usado no crime, também foi indiciado como partícipe de homicídio”, explicou o delegado.
Até a última atualização desta reportagem, o Ministério Público ainda não havia oferecido denúncia contra os dois indiciados. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, o inquérito foi adicionado ao processo e o caso está na fase da intimação do MP.
“Ainda não foi oferecida denúncia neste caso. O inquérito já foi concluído pela polícia e enviado ao MP, no entanto, ainda não foi distribuído. Isso quer dizer que ainda não foi definido com qual Promotoria ficará. Só depois que isso acontecer é que o material será analisado e definido se haverá ou não denúncia. A suspeita segue presa”, reforçou o MPGO em nota.
Discussão banal
O crime aconteceu por volta de 5h40 do dia 5 de novembro. As duas mulheres haviam saído de uma festa e começaram a discutir em uma distribuidora próxima ao local. O delegado se resumiu a dizer que a discussão aconteceu por motivo banal, impulsionado pela embriaguez.
Na época em que o caso aconteceu, a Polícia Militar informou que as duas mulheres tinham um histórico de desavenças e que ambas possuíam antecedentes criminais. A suspeita já havia sido presa por ameaça e desacato. Enquanto a vítima tinha passagens por uso, tráfico de drogas e homicídio.
Arrependimento
Durante depoimento, a suspeita confessou ter matado Jéssica, mas justificou dizendo que não teve intenção e que se arrependia do qee fez “Segundo ela, só partiu pra cima da Jéssica porque foi atingida por uma lata de cerveja. Ela fala que só tinha a intenção de machucar e não de matar. Ela alega que está arrependida”, disse o delegado.
Informações do laudo cadavérico, produzido pela Polícia Técnico Científica, atestam que Jéssica teve um corte profundo causado pela garrafa. O ferimento teve “de aproximadamente 5 a 9 cm” de profundidade, com ruptura de uma veia, que acabou causando uma hemorragia.
Pessoas que presenciaram a confusão prestaram os primeiros socorros. Segundo a PM, Jéssica chegou a ser levada para o Hospital Municipal de Acreúna, mas não resistiu à gravidade do ferimento e morreu. A suspeita foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva.
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