Goiano deportado dos Estados Unidos diz que foi acorrentado e que avião não tinha ar-condicionado: ‘Todo mundo começou a passar mal’

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Goiano deportado dos Estados Unidos diz que foi acorrentado e que avião não tinha ar-condicionado: ‘Todo mundo começou a passar mal’
28-01-2025
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Goiano relata que viveu nos EUA por seis anos, voltou para o Brasil em 2022 e estava de volta ao país norte-americo para visitar a família que deixou lá. Ele diz ter ficado preso por cinco meses antes da deportação.

O brasileiro Wendel Lourenço, que fazia parte do grupo de 88 brasileiros deportado dos Estados Unidos no último fim de semana, disse que foi algemado e teve dificuldade para respirar dentro do avião.

“Cheguei algemado, bem mal. Avião dando problema, quase morrendo sufocado porque não tinha ar-condicionado. Todo mundo começou a passar mal”, afirmou ele à TV Anhanguera, afiliada da Globo.

Segundo a Polícia Federal, o uso de algemas e correntes é um procedimento padrão da imigração americana em voos com deportados, exatamente como o que chegou ao Brasil na última sexta-feira (24), porém, eles não poderiam ter desembarcado acorrentados porque não são prisioneiros.

O voo tinha como destino final Belo Horizonte e parou em Manaus apenas para abastecer, mas a reclamação dos deportados em relação à falta de ar-condicionado gerou um desentendimento com a tripulação, os passageiros abriram uma porta de emergência e desembarcaram por uma ponte inflável ainda algemados.

Então, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada das correntes e solicitou que eles fossem levados a Belo Horizonte em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).

 Esse foi o primeiro voo com deportad9s vindo para o Brasil  no novo governo de Donald Trump, mas o segundo de 2025. Eles fazem parte de um acordo bilateral sobre deportação assinado pelos Estados Unidos e Brasil, em 2018 e que continua em vigor. O objetivo, segundo o Itamaraty, é abreviar o tempo de permanência de brasileiros presos por imigração irregular em centros de detenção americanos.

Wendel chegou em Goiâniana madrugada desta segunda-feira (27). O goiano viveu no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, por mais de seis anos, trabalhando com manutenção de piso de madeira. Ele contou que havia retornado para o Brasil em 2022 e voltou para os EUA no ano passado para ver os filhos e os netos que deixou lá.

Em nota, o governo federal declarou que considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas e que o uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os Estado Unidos, que prevê um tratamento digno, respeitoso e humano de todos repatriados.

Segundo Wendel, ele ficou preso por cinco meses e cinco dias antes de ser deportado. “Falei para juíza, no dia que fui na Corte: a senhora não tem coragem de dar a comida que comemos aqui para o cachorro da senhora. Os guardas gritam o tempo todo, com homem, com mulher”, relatou.

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