Jovem que matou aluna diz que amor não correspondido gerou depressão: ‘Minha vida girava em torno dela’

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Jovem que matou aluna diz que amor não correspondido gerou depressão: ‘Minha vida girava em torno dela’
08-11-2017
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Misael Olair disse que era fascinado pela vítima e que passava ‘noites sem dormir’ por causa dela. Raphaella Noviski, 16, foi assassinada com vários tiros em escola pública de Alexânia, GO.

O jovem Misael Pereira Olair, de 19 anos, preso por matar a estudante Raphaella Noviski, de 16, dentro de uma escola pública de Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, prestou um novo depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (8). Ele disse que entrou em depressão porque nutria um amor não correspondido pela vítima. Relatou ainda que a conheceu há quase cinco anos e, desde então, era “fascinado” por ela.

“Eu entrei numa depressão que não dormia mais à noite, trocava a noite pelo dia. Eu estava com muito ódio, tinha fome e de resto não tinha mais nada. Acho que minha vida girava em torno dela. Teve época que esqueci, mas tinha que ter procurado ajuda profissional”, disse em depoimento à delegada Rafaela Azzi, responsável pelo caso.

O rapaz disse ainda que, em outubro do ano passado, quando ainda estudava no mesmo colégio, decidiu sair porque havia sido rejeitado por Raphaella. Desde então, ele começou a planejar o crime.

“Todo mundo achou estranho [minha saída]. Já saí com ódio e vontade de matar. A professora ligou pra eu voltar, para eu passar de ano, falei que não voltava por uma pessoa que odeio e não queria ir para o colégio. Ela começou especular, quem é essa pessoa,” relatou.

 Misael disse que largou os estudos porque foi rejeitado por Raphaella (Foto: Paula Resende/G1)

O interrogatório durou pouco mais de 1h e, segundo a delegada, tinha o intuito de “pormenorizar os fatos”. Segundo ela, as declarações esclareceram vários pontos. “Trouxe mais elementos em relação ao armamento, contou toda a empreitada criminosa, e a questão de trazer a lume esse quadro depressivo”, relatou.

A partir do depoimento, a delegada solicitará um exame psicológico. “Pelo relato depressivo dele que antecede a prática criminosa e a premeditação, vou solicitar o exame ao Instituto de Criminalística”, explicou.

A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito. Devem ser feitas novas diligências e colhidos novos depoimentos, como da diretora, professoras e colegas de sala.

Primeiro depoimento

Este é o segundo depoimento do jovem à polícia. Na última segunda-feira (6), dia do crime, ele também prestou declarações. Na ocasição, de acordo com a delegada, afirmou que ele  deu varios tiros para que a vitima não sentisse dor

Antes disso, a polícia gravou um vídeo questionando o rapaz sobre o crime. Nas imagens, ele diz que matou a garota porque a odiava e que não se arrependia do assassinato. No entanto, na terça-feira (7), ele aparece em um novo vídeo, com um hematoma no olho, no qual volta atrás: ” tou [arrependido  de verdade]”

o crime foi cometido no clegio 13 de  Maio, também em Alexânia. Misael é ex-aluno da instituição. Ele pulou o muro da escola e, usando uma máscara, invadiu a sala de aula, disparou várias vezes contra a garota e fugiu em seguida.

Imagens do circuito interno do Colégio Estadual 13 de Maio, onde ocorreu o crime, mostraram momentos de panico   . No registro, é possível ver Misael chegando ao local e fugindo em seguida

Olho roxo

Misael e o comerciante Davi José de Souza, de 49 anos, que o ajudou na fuga e é considerado pela polícia como seu comparsa, tiveram as prisões mantindas durante audinêcia de costodia realizada na terça-feira.

Na ocasição, Misael apresentava um machucado no logo abaixo do olho esquerdo, o qual estava bastante roxo. A delegada afirmou que o machucado foi provocado devido a uma queda no banheiro do presídio. “Ele disse que tinha caído porque a a luz é pouca”, explica.

Após a audiência de custódia, o advogado de Misael, Joel Pires Lima, deu a mesma versão para o olho roxo e disse que ele “bateu o rosto na parede” do banheiro do presídio.

O juiz que presidiu a sessão, Leonardo Bordini, afirmou que Misael, de fato, relatou ter caído. Como ele alegou um acidente, por enquanto, não será aberto nenhum procedimento. “Posso determinar a abertura do inquérito para apurar as circunstâncias, mas, a princípio, as informações que ele citou são suficientes”, afirmou o magistrado.

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