Líderes de movimento estudantil são presos suspeitos de incitar a violência

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Líderes de movimento estudantil são presos suspeitos de incitar a violência
24-05-2014
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Operação R$ 2,80′ prendeu três jovens e procura um quarto estudante.
Grupo depredou mais de 100 ônibus durante protestos em Goiânia, diz polícia.

 

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (23) a Operação R$ 2,80 com o objetivo de prender integrantes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário suspeitos de depredar opatrimônio público e incitar a violência em Goiânia. Até o final da manhã, três estudantes, com idade entre 18 e 20 anos, foram detidos e cinco mandados de busca e apreensão, cumpridos. Um mandato de prisão ainda não foi efetivado.

De acordo com o delegado responsável pela operação, Alexandre Lourenço, da Delegacia Estadual de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), o grupo é suspeito de depredar pelo menos 100 ônibus do transporte público da capital durante manifestações nas últimas semanas. Os protestos foram motivados pelo aumento de R$ 2,70 para R$ 2,80 no preço da passagem do transporte coletivo na Grande Goiânia.

Segundo a polícia, as prisões ocorreram nesta sexta-feira para evitar mais protestos.  “Queremos cessar o vandalismo. Eles já tinham convocados outros atos para esta semana”, informou o delegado.

Alexandre ressaltou que as manifestações são legítimas. No entanto, de acordo com ele, os estudantes incitam a população a destruir osbens públicos. “A manifestação é permitida e não vamos questionar, mas eles estão expondo risco às vidas, à integridade das pessoas”, ressaltou o delegado.

De acordo com o comandante da operação, ainda não é possível definir o tamanho do prejuízo causado à população. “Estamos investigando os danos praticados por este grupo enquanto praticantes de manifestações públicas. Vamos ouvir as empresas de transporte para individualizar cada ato de vandalismo e identificar o montante do prejuízo”, explicou Alexandre.

Mandado de prisão
Os policiais ainda tentam cumprir o quarto mandado de prisão contra um integrante do Movimento Estudantil Popular Revolucionário. Conforme o delegado, mais pessoas estão envolvidas nos crimes: “Essa investigação alcança outros grupos. Outros agentes também estão sendo investigados e podem ser presos futuramente”.

A polícia tem dez dias para concluir o inquérito policial. Segundo Alexandre, eles devem ser indiciados por dano ao patrimônio público, associação criminosa e incitação à violência.

Os jovens estão detidos na sede da Draco, mas devem ser encaminhados ainda nesta sexta-feira ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Durante a tarde, o delegado vai interrogar os suspeitos.

Ônibus avaliado em R$ 1,3 milhão ficou completamente destruído (Foto: Foto: Rafael Mohn/VC no G1)

Protestos
Vários protestos aconteceram na Grande Goiânia nas últimas semanas contra o aumento da passagem de ônibus e por melhorias no serviço. O mais recente ocorreu na tarde de segunda-feira (21), no entanto, não houve depredação do patrimônio público.

Um dos atos mais violentos ocorreu no dia 16, quando a paralisação de motoristas de ônibusgerou transtornos aos usuários do transporte coletivo. Passageiros revoltados com a falta de atendimento começaram um protesto, que resultou em quebra-quebra e depredação.

Segundo a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), a contagem de ônibus danificados chegou a 104. O Terminal Bandeiras também sofreu com o vandalismo. Lixeiras,vidros e máquinas de venda de comidas e bebidas também foram destruídos.

g1 goias
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