Moradores de Goiás constroem presídios para evitar fugas e diminuir superlotação

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Moradores de Goiás constroem presídios para evitar fugas e diminuir superlotação
09-06-2019
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Cinco unidades já foram feitas com dinheiro da comunidade e outras três ficarão prontas nos próximos meses. Prisões construídas pelos moradores ficam mais baratas do que as erguidas pelo Governo do Estado.

O empenho de moradores de diferentes municípios de Goiás tem feito a diferença na diminuição da superlotação do sistema penitenciário do estado. Em três anos, comunidades de várias regiões construíram cinco cadeias, que são administradas pelo Governo do Estado, e devem inaugurar outras três nos próximos meses.

Dados do próprio Governo do Estado, divulgados em abril deste ano, revela que 21.886ocupam as prisãoes em Goiás. Noas caias comportariam juntas 10. 886 pessoas juntas uma super lotação de quase 100%  A Diretoria de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) não comentou, até por volta das 20h deste sábado (8), o fato dos moradores estarem construindo presídios, apesar da solicitação de nota.

No estado, não é difícil ver fugas de presos ocorrerem como reflexo dessa superlotação. Em Cristalina, 18 detentos foram flagrados pulando o portão nos fundos do presídio, que vive superlotado. Estas situações têm deixado a população preocupada.

Para mudar este cenário, os moradores decidiram por conta própria se juntar e construir presídios. Mas, com duas diferenças em relação às obras tocadas pelo Governo: as construções feitas pela comunidade custaram bem menos e a entrega das obras foi bem mais rápida.

Em Anápolis, o presídio estadual demorou cinco anos para ficar pronto. As 300 vagas custaram R$ 19 milhões aos cofres públicos, mais de R$ 60 mil gastos por cada vaga de preso.

Já a prisão de Rio Verde, erguida pela comunidade, ficou pronta em 1 ano e 3 meses. Tem 350 vagas e custou R$ 7 milhões, uma média de R$ 20 mil por vaga.

“Você recebe muitas doações, você consegue comprar com preços mais baixos, a pessoa vende mais baixo porque aquilo ali é de interesse dela também, há também mão de obra de presos trabalhando e não tem margem de lucro, não tem empresa trabalhando pra ganhar”, disse o promotor de Justiça, Marcelo Celestino.

Os moradores de Orizona se juntaram e construiu o novo presidio . A cadeia antiga despertava insegurança. O novo prédio foi erguido com doações no ano passado e, desde então, não houve mais fugas.

“Uai! Esse aí foi muito bom! Porque aqui prendia o povo aqui e eles escapulia tudo! Agora de lá não sai, né?”, disse o lavrador João Martins de Carvalho.

Além das doações, outra parte dos recursos vem do judiciário. Dinheiro das multas pagas por quem cometeu crimes de menor potencial ofensivo e que foi destinado pra obra.

“Alguns colegas criticam que essa não é a função do judiciário, que nossa função é decidir e não construir presídios, só que precisa ser feito, já que o Estado é inoperante e muitas vezes ineficiente!”, disse a juíza Danila Claudia Le Sueser.

O que acontece também em Jaraguá, onde o presídio terá 120 vagas.

“Eu costumo dizer que não é uma casa adaptada. É um presídio projetado e bem seguro que vai sim poder cumprir o que determina a lei de execução penal”, afirmou o promotor de Justiça, Everaldo Sebastião de Souza.

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