Motorista de aplicativo confessa que agrediu passageira achada ensanguentada

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Motorista de aplicativo confessa que agrediu passageira achada ensanguentada
16-02-2019
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“Taquei o braço nela, ela caiu. Dei uns três socos. Fui ao porta-malas e taquei o macaco nela. Imaginei que tinha morrido”, diz Silomar,

O motorista de aplicativo Silomar Santos do Lago, de 28 anos, foi preso suspeito de agredir uma passageira e abandoná-la ensanguentada e enrolada a um lençol em um lote baldio de Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Inicialmente, ele tinha alegado à Polícia Civil que tinha sido roubado pela mulher. Ao ser detido, ele confessou em um vídeo ter inventado a história.

 

“Taquei o braço nela, ela caiu. Dei uns três socos. Fui ao porta-malas e taquei o macaco nela. Imaginei que tinha morrido”, diz Silomar,

 

A agressão aconteceu no dia 9 de janeiro. De acordo com as investigações, Ana Júlia Costa Pereira Pouso Alto, de 20 anos, solicitou uma corrida particular, fora do aplicativo, e, durante a viagem, começou a ser agredida com socos. Para tentar matá-la, ele também deu golpes usando o macaco do carro.

 

A jovem foi encontrada ferida em um lote da Avenida Doutor Raul Rassi, no Setor Goiânia Sul. A vítima teve diversas fraturas na face e ficou 10 dias internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Em um vídeo, Ana Júlia afirma que está muito abalada e se lembra apenas do início das agressões.

 

“Não lembro de muita coisa, só quando acordei no hospital três dias depois, confusa. Tenho medo de ele fazer isso com outras pessoas”, diz a vítima.

 

Registro de roubo

 

Antes de Ana Júlia ter sido encontrada machucada, Silomar já tinha procurado a Polícia Civil para registrar um assalto. Ele alegou aos policiais que tinha sido roubado por três homens e uma mulher, mas conseguiu fugir.

 

Na mesma manhã, os policiais encontraram o carro do motorista abandonado na cidade e a jovem ferida. Por isto, no início, a corporação apurava se a vítima estava no assalto e desentendeu com os comparsas.

Após sair do hospital, Ana Júlia disse à Polícia Civil que não tentou roubar o motorista. Foi quando os policiais mudaram os rumos da investigação.

 

Motivo do crime

Silomar confessou o crime ao ser detido. “Quando o prendemos, Silomar disse que estava com muita raiva porque ela devia mais de dez viagens para ele”, disse o delegado Arthur Fleury, responsável pelo caso.

 

Durante a apresentação à imprensa, nesta sexta-feira (15), Silomar se limitou a dizer que já tinha feito 12 viagens com a jovem, mas que ela tinha pagado apenas duas. Advogado do suspeito, João Neto de Moraes disse que vai analisar o inquérito pedir a liberdade do cliente.

 

“O motivo foi essa dívida, não houve qualquer abuso. Ele inventou a história do roubo em um momento de desespero”, disse o advogado.

 

A vítima nega que tivesse alguma dívida com o suspeito.

 

“Não estava devendo ele em momento algum. A gente não discutiu, só lembro dos primeiros socos”, conta a passageira.

 

De acordo com o delegado, o motorista vai responder por tentativa de feminicídio. Fleury ainda tenta esclarecer o motivo do crime para concluir a investigação.

 

“É um crime claro de ódio contra a mulher. Usou um macaco para desfigurar o rosto da vítima. Agora vamos saber o real motivo com a prisão dele”, afirma o delegado.

 

 

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