Operação que prendeu prefeito de Caldas Novas também apreendeu U$ 120 mil em endereço investigado

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Operação que prendeu prefeito de Caldas Novas também apreendeu U$ 120 mil em endereço investigado
14-09-2018
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Além do político, outras oito pessoas também foram detidas. Ação do MP-GO investiga fraudes em licitação, pagamentos de propina e lavagem de dinheiro.

A Operação Negociata, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), apreendeu U$ 120 mil em um dos mandados de busca e apreensão cumpridos em Goiânia, nesta quinta-feira (13). A ação também prendeu o prefeito de Caldas Novas, na região sul do estado, e outras oito pessoas, que foram levadas para Goiânia e serão ouvidas pelos promotores.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Caldas Novas informou  que o prefeito Evandro Magal, por meio da assessoria jurídica informa que “se encontra à disposição da Justiça e que colaborará com as investigações coordenadas pelo MP-GO”.

Já o advogado dele, Caio Alcântara, disse que “não há provas contra ele [prefeito] apresentadas nos autos”. Disse ainda que “os supostos atos a ele imputados são inverídicos e serão, sem dúvida, esclarecidos perante a Justiça”.

conforme foi apurado os U$ 120 mil foram encontrado na casa de um empresário, em um condomínio de luxo na capital goiana. Além das notas, a operação do MP-GO também apreendeu um revólver de calibre 38, cheques e documentos em 32 endereços de Goiânia, Caldas Novas, Morrinhos, Itumbiara, Aruanã e Aparecida de Goiânia.

Segundo o MP, 8 dos presos foram detidos pela manhã e um deles, que estava foragido, se entregou ao órgão à tarde. Cinco das prisões foram feitas em Caldas Novas, duas em Goiânia e uma em Santa Vitória (MG). Todos passaram pelo Instituto Médico Legal (IML) da capital e depois foram levados ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde devem passar a noite.

Trocas de favores e lavagem de dinheiro

De acordo com o MP-GO, alguns empresários se beneficiavam com a atuação ilícita dos agentes públicos e estão sendo investigados pelo pagamento de propina.

Conforme aparação , o prefeito de Caldas Novas teria recebido dinheiro de empresas do ramo do turismo, em 2015, e aprovado a alteração do perímetro urbano da cidade, favorecendo as empresas.

A reportagem apurou ainda que o prefeito também usaria empresas para lavagem de dinheiro, sendo que uma delas prestaria serviços de informática.

Investigação

Operação Negociata foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e pelo Centro de Inteligência do MP-GO, em parceria com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.

O prefeito Evandro Magal foi preso no Residencial Saint Paul, prédio em que mora com a família, em Caldas Novas. E foi transferido às 13h desta quinta-feira, junto com outros 4 presos na cidade, para a sede do MP-GO, em Goiânia.

Entre os locais alvos da operação estão os prédios da Prefeitura de Caldas Novas e do Poupa Tempo, um centro de serviços oferecidos para a população e o gabinete de um vereador, que não teve a identidade revelada.

Em Goiânia, policiais cumprem mandados em um dos alvos da operação, a sede nacional de uma empresa investigada, que fica no Setor Esplanada do Anicuns, na região norte da capital.

Afastado no início do ano

Evandro Magal e o vice dele, Fernando de Oliveira Resende (PPS), foram afastados dos cargos no dia 17 de janeiro deste ano, após serem condenados por abuso de poder por meio de veículo de comunicação por pagarem anúncios em um jornal em período pré-eleitoral. No entanto, reassumiram os postos um dia depois, após liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em nota, a assessoria de imprensa dos políticos informou na época que o “entendimento jurídico é que o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, e o vice-prefeito, Fernando Resende, foram, mais uma vez, afastados de forma irregular pelo TRE-GO. O prefeito e o vice-prefeito entendem que, novamente, o Tribunal Superior Eleitoral resguardou o Direito”.

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