Pesquisa Serpes levanta dúvidas que precisam ser respondidas

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Pesquisa Serpes levanta dúvidas que precisam ser respondidas
07-07-2014
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Entre outras coisas, Serpes faz algo incomum: fala em “perder o voto” em pergunta sobre rejeição. Por qual motivo?

A pesquisa Serpes publicada hoje, 6 de julho, no jornal O Popular sobre a eleição em Goiás levanta, no mínimo, dúvidas. Além de errar nome de candidato (o ex-postulante ao Senado do Psol foi apresentado como João Adorno, sendo que seu nome é João Adriano) e incluir Júnior Friboi na estratificação da estimulada (com 26,1% das intenções de voto) na Região Noroeste do Estado (talvez seja erro da diagramação do jornal), o instituto terá de esclarecer o eleitor goiano sobre questões específicas do questionário que, se lidas atentamente, são no mínimo polêmicas.

Uma das dúvidas aparece logo na terceira pergunta do questionário, que trata da rejeição, uma das pedras no sapato do governador-candidato Marconi Perillo (PSDB) desde que as pesquisas eleitoraispara a sucessão em Goiás começaram a ser feitas em 2013. Na terceira, sexta e nona perguntas, o Serpes questiona o eleitor: “E em qual ou quais deles não votaria de jeito nenhum, mesmo perdendo seu voto?”

A questão é, no mínimo, polêmica. A ciência política cansou de estudar no eleitor brasileiro um de seus vícios, a mania de “não gostar de perder o voto”. Na cultura política brasileira (mais forte no passado, menos no presente), “perder o voto” significa anulá-lo (um direito legítimo da democracia) ou deixar de votar naquele que é favorito para vencer a eleição. É uma distorção, uma caricatura do chamado “voto útil”. O fato disso acontecer, mesmo com menorintensidade, nos dias de hoje é normal. Incomum é o instituto falar em “perder o voto” na pergunta de seu questionário (e mais: destacando isso em negrito), especialmente em uma questão delicada como a rejeição. Qual é a intenção de falar em “voto útil”? Atenuar a rejeição, em geral, de todos os candidatos? Com qual objetivo? Sério que é, o Serpes deve vir a público explicar isso.

Nas perguntas 14 e 15, mais polêmicas. Na pergunta 14, questiona-se: “As manifestações de rua desde junho de 2013 tem pedido um outro jeito de fazer política no Brasil. Na sua opinião, o que é essa nova política?”. Entre as respostas, estão:
1) Candidato novo na política
2) Político jovem embora com mandato
3) Ideias novas de um candidato (seja ele novo ou velho, tenha ou não disputado mandato)
4) Disposição para fazer e atender as consultas e reivindicações populares

Na questão 15, pergunta-se ao eleitor: “Você identifica nos candidatos a governador algum nome que encarne esse seu desejode uma nova política?”. Ou seja: o Serpes já assume como verdade que o eleitor tem o “desejo de uma nova política” e quer apenas saber quem, dos candidatos a governador, veste melhor essa roupa.Por que esse desejo do Serpes pelo novo (ou por uma nova política), não se sabe. Com a palavra, o Serpes.

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