Na denúncia, o Ministério Público de Goiás pede indenização, afastamento das funções públicas
A reportagem solicitou posicionamento da Polícia Militar sobre o pedido de afastamento dos militares e aguarda retorno.
Na denúncia, o Ministério Público de Goiás pede indenização, afastamento das funções públicas e julgamento por tribunal do júri. O pedido foi acatado pelo juiz João Luiz da Costa Gomes em dezembro passado, que tornou réus os seis militares em processo criminal.
“Necessário o afastamento dos acusados de suas funções públicas; policiamento ostensivo (e nem mesmo na parte administrativa), de modo a evitar que possam interferir, de qualquer maneira, na instrução processual, a conduta dos acusado está sob questionamento (diante de um crime grave)”, escreveu o juiz ao aceitar a denúncia.
A ex-primeira dama Eleni Soares foi assaltada duas vezes em 2019, uma em 7 de abril e outra em novembro. Nos dois assaltos, ela foi brutalmente agredida.
Na primeira vez, ela estava em casa quando bandidos armados entraram e levaram cheques, cartões, o carro, documentos e celulares. Na segunda vez, os criminosos levaram uma quantia em dinheiro.
Suposto confronto
Os policiais militares falaram que o sobrinho da ex-primeira dama foi responsável por planejar o roubo e a agressão no último assalto de novembro de 2019.
As investigações apontaram que o confronto entre o suspeito e os PMs não foi real. Themison Eterno morreu em dezembro de 2019 em um tiroteio no prédio onde morava, em Inhumas. Segundo a polícia, ele reagiu e foi baleado.
À época, os PMs alegaram que ele era líder de uma organização criminosa que realizava roubos. Themison Eterno tinha passagens por receptação e roubo qualificado.
Themison Eterno Vieira, suspeito de planejar roubo contra a própria tia em Itaberaí, Goiás