Adolescente, de 16 anos, foi agredido com spray de pimenta, bala de borracha e golpes de cassetete. Segundo o registro da PM, equipe foi dispersar uma briga e acabou hostilizada por moradores.
Um operador de máquina agrícola denuncia que o filho, de 16 anos, e o enteado, de 25, foram agredidos por um PM na noite de Ano Novo em uma praça de Padre Bernado , no Entorno do Distrito Federal. Vídeos mostram quando os militares dão um tiro com bala de borracha contra o adolescente e o agridem com um cassetete depois que ele já estava caído.
“Eu achei uma covardia por parte deles, que deveriam estar defendendo a população, mas está fazendo ao contrário”, disse Willian Souza.
entramos em contato por e-mail com a assessoria de comunicação da Polícia Militar às 15h10, mas ainda não conseguiu retorno até a última atualização dessa reportagem.
Segundo Willian, o filho foi para a praça central com a tia, o irmão e os primos para se divertir durante a virada do ano. Por volta de 1h da madrugada, houve uma confusão entre dois motoristas que estavam com som alto nos carros.
“Meu filho estava olhando a situação e um dos policiais jogou spray de pimenta no rosto dele. Ele tentou falar que não tinha nada a ver com a situação e acabou tomando um tiro de bala de borracha. O irmão dele foi tentar defender e acabou apanhando também. Ele está com o rosto todo machucado”, disse Willian.
Nos vídeos, é possível ver quando os policiais jogam o spray de pimenta e, segundos depois, fazem um disparo com bala de borracha. Em outra imagem, os policiais derrubam o rapaz e um dos militares dá quatro golpes de cassetete em sequência contra a vítima. Em seguida, ele se afasta correndo. Uma pessoa que tenta se aproximar é afastada com chutes e empurrões.
O adolescente teve um corte na testa e ficou com marcas no olho, tórax, costas, braços e região genital. O pai contou que o filho chegou a ser levado para a delegacia, mas foi liberado por ser menor de idade.
De acordo com o boletim de ocorrências da PM, os policiais fora até a praça para dispersar uma briga e foi necessário o uso seletivo da força. Porém, outras pessoas teriam ido em direção às equipes e gritando ofensas. Devido a isso, foi preciso usar armas não letais.
O operador de máquinas disse que vai registrar a agressão contra o filho na Polícia Civil nesta segunda-feira (4).