Plenário do STF reconhece decisão da Segunda Turma que declarou Moro parcial ao condenar Lula

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Plenário do STF reconhece decisão da Segunda Turma que declarou Moro parcial ao condenar Lula
24-06-2021
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Supremo concluiu julgamento iniciado em abril. Decisão foi por 7 votos a 4. Em março, por 3 a 2, Segunda Turma considerou Moro suspeito no caso. Ex-juiz condenou Lula em julho de 2017.

O plenário do  Supremo Tribunal Federal  (STF) concluiu nesta quarta-feira (23) o julgamento que reconheceu, por 7 votos a 4, a competência da Segunda Turma da Corte para declarar parcial o ex-juiz  Sergio Moro na condenação do ex-presidente  Luiz Inácio Lula da Silva  no caso do triplex no Guarujá.

Com o reconhecimento da competência da Segunda Turma pelo plenário, a decisão sobre a parcialidade de Moro fica mantida, e o  caso triplex  precisará ser retomado da estaca zero pelos investigadores. As provas já colhidas serão anuladas e não poderão ser utilizadas em um eventual novo julgamento pela para onde o caso foi enviado .

Em março, ao decidir sobre uma ação movida pela defesa de Lula, a segunda turma por 3 votos a 2 considerou Moro suspeito  para julgar o caso. O ex juiz havia condenado o ex presidente em Junho de 2017  .

Em abril deste ano, o plenário já havia formado maioria para manter a decisão, mas o julgamento foi interrompido por pedido de vista  (mais tempo para analisar o caso) do decano (mais antigo ministro) Marco Aurélio Mello. Também apresentou seu voto nesta quarta o presidente do STF, Luiz Fux.

Marco Aurélio Mello votou contra a manutenção da decisão da Segunda Turma.

“Algo que começa errado tende a complicar-se em fase seguinte. O juiz Sergio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional. Então, do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, encaminha-se como suspeito. Dizer-se que a suspeição está provada por gravações espúrias é admitir que ato ilícito produz efeito. Não se pode desarquivar o que já estava arquivado”, afirmou.

O ministro Luiz Fux, presidente do STF, também se manifestou contra manter a decisão da turma.

“A suspeição, na verdade, pelo ministro Edson Fachin, ela foi afastada. Municiou [o julgamento na Segunda Turma] uma prova absolutamente ilícita, roubada que foi depois lavada. É como lavagem de dinheiro. Não é um juízo precipitado. Essa prova foi obtida por meio ilícito. Sete anos de processo foram alijados do mundo jurídico”, disse.

Já haviam votado pela manutenção da decisão da Segunda Turma  Gilmar Mendes, Nunes Marques Alixandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli , Carmem Lucia,  e Rosa Weber . Foram contra Edsom Fachim  e Luiz Roberto Barroso.

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