Vítima tinha 13 anos e foi morta por causa de ciúmes e dívida, em Águas Lindas de Goiás. Duas adolescentes cumprem medida socioeducativa por terem ajudado condenada, segundo MP.
Presa há cerca de dois anos, Maíza da Silva Almeida foi condenada a 27 anos de reclusão pela morte de Ana Clara Santana da Silva, morta por causa de uma dívida e ciúmes. A sentença foi dada à condenada após júri popular concluir que ela matou a vitima e escondeu o corpo . Duas adolescentes haviam confessado participação no crime e, segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), estão cumprindo medida socioeducativa por causa do ocorrido.
A decisão foi dada no último dia 14 de julho em tribunal do júri de águas Lindas de Goiás , no Entorno do DF. No entanto, o resultado só foi divulgado pelo MP-GO na quinta-feira (5). Cabe recurso, mas consta na sentença que as duas partes – defesa e acusação – manifestaram após o júri que não tinham intenção de recorrer da decisão.
Não conseguimos localizar os advogados que representam Maíza para pedir uma posição sobre o caso.
. A vítima, que tinha 13 anos à época, O crime aconteceu em Março de 2019 saiu para uma festa de carnaval e não retornou, segundo as investigações da Polícia Civil. Seis dias depois, o corpo dela foi achado em um lote baldio em avançado estágio de decomposição.
As apurações indicaram que Ana Clara foi morta com golpes de um pedaço de meio-fio feito de concreto e teve a cabeça pisoteada pelas autoras do crime.
Em depoimento à Polícia Civil, Maíza confessou que cometeu o crime porque a vítima lhe devia dinheiro e as duas adolescentes que participaram contaram ter agido por ciúmes dos seus namorados com Ana Clara.
Na decisão, ficou descrito que Maíza cometeu o homicídio por motivo torpe, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultou o corpo. Ela também foi condenada por corrupção de menores, já que duas adolescentes participaram do crime.
O juiz que assinou a sentença, Felipe Levi, determinou que a condenada cumprisse a pena em regime fechado.
Maíza esta presa desde março de 2019 de, quando foi detida na casa de parentes em Samanbaia , no Distrito Federal. Ela havia fugido de Águas Lindas após o crime, segundo a Polícia Civil. As duas adolescentes foram apreendidas um dia antes, em Sanato Antônio do Descuberto.
Homicídio
De acordo com depoimentos das três envolvidas à Polícia Civil, a vítima se encontrou com elas no dia 6 de março daquele ano na praça da Bíblia de Águas Lindas, durante um evento de carnaval. Depois elas seguiram para uma casa de shows, onde permaneceram por algum tempo.
Segundo o registro policial, o trio percebeu que a vítima estaria paquerando o namorado de uma das adolescentes e já teria se envolvido com o namorado da outra alguns dias antes.
Também em depoimento à corporação, Maíza disse que Ana Clara adquiriu lança perfume dela, não pagou e espalhou pela região que a droga era ruim, o que teria prejudicado as vendas.
As três envolvidas contaram à Polícia Civil que atraíram a vítima para um local afastado, onde começaram a agredi-la com chutes e socos. Em seguida, elas teriam intensificado as agressões jogando pedras contra a cabeça de Ana Clara.
Ainda segundo o depoimento das três, elas usaram a ponta de uma garrafa de vidro quebrada para machucar o pescoço da vítima. Depois disso, elas arrastaram o corpo até os fundos do terreno baldio, onde o mato era alto e esconderam o corpo de Ana Clara, que só foi localizado seis dias depois do crime.
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