O trabalhador chega a ser empurrado pelo homem, em Caldas Novas. Josimar dos Santos França, disse que se sentiu ‘humilhado’; Caso foi registrado na Polícia Civil.
Não conseguimos localizar o suspeito das agressões para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
Segundo Josimar, o homem começou a discussão alegando que ele estava empoeirando o carro dele. Além disso, o trabalhador denuncia que o morador também disse que ele “não prestava para nada e que ele estava na profissão de serviços gerais por ser um lixo”.
“Eu não estava fazendo poeira. Estava varrendo umas folhinhas. Ele começou a brigar e me xingar. Falei que não estava fazendo poeira e pedi desculpas, mas ele começou a me chamar de lixo. Eu fiquei muito nervoso, comecei a tremer todo”, disse o auxiliar de serviços gerais.
O caso aconteceu na última terça-feira (26) e o boletim de ocorrências foi registrado no mesmo dia. Segundo o advogado do trabalhador, Romes Lopes, o caso foi registrado como injúria racial. Ele contou ainda que entregou todas as filmagens à Polícia Civil e que o caso já está sendo investigado pela corporação.
Tentamos contato com a delegacia da cidade para saber se o caso já está sendo investigado por meio de ligação feita às 17h desta terça-feira (2), mas a reportagem não foi atendida.
O vídeo cedido pelo advogado da vítima tem um corte de aproximadamente um minuto entre o momento em que o morador chega até o início da discussão. Questionando, o advogado disse que as imagens foram as únicas cedidas pelo condomínio.
Traumatizado
Josimar contou em entrevista ao g1 que nunca havia passado por situação parecida e que está bastante traumatizado. Ele disse ainda que está tendo dificuldades para trabalhar e que chegou a pensar em pedir demissão.
“Fiquei muito abalado. Cheguei a pensar em pedir demissão, mas preciso trabalhar. Não posso parar para não passar por dificuldades. Me senti humilhado e envergonhado de ter que passar por isso”, desabafou Josimar.
Emocionado, ele contou que é casado e pai de dois filhos e que precisa do emprego para sobreviver. Ele relatou ainda que sempre foi muito comunicativo e tratou bem as pessoas, mas que agora está com medo.
“Voltei a trabalhar, mas estou com medo. Fico mais de cabeça baixa. As vezes passa alguém e eu nem cumprimento”, relatou.
O auxiliar de serviços gerais disse ainda que tem crises de choro toda vez que se lembra ou fala da situação. “Estou sofrendo muito. Lembro e começo chorar, meu coração está apertado”.
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