Menino que foi picado por aranha passa bem após cirurgia de drenagem, diz tia

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Menino que foi picado por aranha passa bem após cirurgia de drenagem, diz tia
24-02-2022
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Família relata peregrinação e dificuldade até conseguir internar e operar Miguel, de 2 anos, em Goiânia. Ele passou mal por cerca de dez dias até finalmente receber o tratamento.

Miguel Alves Agapito, de 2 anos, amanheceu bem nesta quinta-feira (24), horas após a cirurgia para se recuperar de uma picada de aranha no braço, segundo a família. O garoto está internado no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em  Goiânia.

Por meio de nota, o Hecad informou que “o paciente Miguel Alves Agapito apresenta bom estado geral, hidratado, lúcido, sem queixas de dor”, nesta manhã.

O hospital descreveu que “ele passou por procedimento cirúrgico ontem (23)”, está sendo tratado com antibiótico e ainda não tem previsão de alta.

Tia de Miguel, Andressa Fernandes contou que o sobrinho passou pela operação na tarde de quarta-feira (23). Segundo ela, o procedimento durou cerca de duas horas e drenou toda a secreção que estava inchando o bracinho dele no local em que houve a picada.

“Nosso maior medo era que comprometesse o osso dele, que os médicos disseram que, se tivesse atingido, poderia precisar amputar. Mas eles disseram que não teve esse comprometimento, que ele está fora de perigo de amputação”, contou.

Procura por tratamento

A família contou que Miguel começou a chorar no bercinho quando estava em casa, em Aparecida de Goiânia, no último dia 12. O avô logo achou a aranha e os pais perceberam a ferida no braço do filho.

Mãe dele, Ludmylla Christye da Silveira fez um relato por escrito de tudo o que passou até que conseguisse a internação e tratamento.

Segundo ela, no dia seguinte Miguel já estava com febre, manchas vermelhas pelo corpo, diarréia e um pequeno caroço com pus no braço. Ludmylla relatou que o filho foi diagnosticado com dengue e a família orientada a repetir os exames dois dias depois.

A mãe lembra que a cada dia o filho continuava com febre, dor no braço e, toda vez que procurava atendimento, recebia uma orientação ou diagnóstico diferentes, sendo que nenhum deles reconhecia o problema como uma picada.

Cansada de ver o filho tomando os medicamentos recomendados, mas sem melhorar, ela foi a um médico particular que recomendou o procedimento de drenagem com urgência. Ela contou que só depois deste atendimento e repercussão do caso na mídia e redes sociais é que conseguiu que o filho fizesse a cirurgia.

Cuidados com picadas de aranha

Especialista na área, o biólogo, biomédico e professor Nelson Jorge da Silva Junior disse que, pela foto apresentada pela família como sendo do aracnídeo que teria picado Miguel, trata-se de uma aranha de jardim, “provavelmente uma lycosa”.

De acordo com ele, o animal é venenoso, mas não está entre as três espécies consideradas mais perigosas – marrom, armadeira e viúva-negra. Ainda assim, ele orienta para os cuidados a serem tomados no caso de suspeita de qualquer picada.

“A recomendação é sempre limpar, observar e levar ao hospital. O ideal é, vendo qual foi a aranha, matá-la, colocá-la em um frasco com álcool e levar até o médico para ele saber melhor como proceder”, explicou.

Ainda de acordo com o professor, todas as aranhas são venenosas, então sempre haverá uma reação se a pessoa for picada. Segundo ele, a intensidade dessa reação vai depender de como o corpo de cada um responde e do tamanho e peso – uma criança pequena pode ter uma resposta mais intensa por ter menos massa corporal.

O especialista listou algumas das reações possíveis: dor no local, inchaço, febre e formação de uma ferida.

Aranha encontrada no berço de Miguel — Foto: Andressa Fernandes/Arquivo Pessoal

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