Empresário preso pela PF após se filmar em invasão ao Palácio do Planalto, Mário Furacão tem prisão mantida durante audiência, diz advogado

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Empresário preso pela PF após se filmar em invasão ao Palácio do Planalto, Mário Furacão tem prisão mantida durante audiência, diz advogado
04-02-2023
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Ele foi preso na quarta fase da Operação Lesa Pátria, que cumpriu três mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em cinco estados e no DF. Defesa alega que ele ‘jamais compactuou com qualquer ato de violência’.

O empresário bolsonarista Lucimário Benedito Camargo, conhecido como Mário Furacão, que foi preso pela Polícia Federal após se filmar durante invasão ao Palácio do Planalto, em Brasilia, passou por audiência de custódia e continua preso, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. A defesa dele alega que ele “jamais compactuou com qualquer ato de violência”.

A prisão de Mário Furacão aconteceu na sexta-feira (3), durante a quarta fase da operação Lesa Pátria, que apura atos golpistas na capital federal. A Polícia Federal prendeu o empresário. Já a audiência de custódia foi na noite do mesmo dia.

A defesa do empresário informou que a prisão dele “mostra-se totalmente desnecessária, uma vez que nosso cliente sempre esteve disposto a colaborar com a Justiça”. Ressaltou ainda que Lucimário “jamais compactuou com qualquer ato de violência e estava em Brasília no dia 08/01 para uma manifestação pacífica, não tendo qualquer relação com os vândalos que atentaram contra os prédios dos três poderes”.

Prisão

A filmagem, feita pelo repórter cinematográfico Eneias Costa, mostra quando Mário Furacão desce uma escada da casa dele, já acompanhado por policiais federais, e entra no carro da PF.

Da casa dele, ele foi levado para a Delegacia da Polícia Civil de Rio Verde, passou por um exame de corpo de delito e, depois, foi levado para a Casa de Prisão Provisória da cidade, onde continua neste sábado (4).

Veja o momento que a PF prende Mário Furacão, bolsonarista que se filmou durante invasão ao Palácio do Planalto — Foto: Eneias Costa/TV Anhanguera

Se filmou durante ato

No vídeo feito por ele no dia do ato criminoso em Brasília, Mário Furacão aparece enrolado a uma bandeira do Brasil e registra a explosão de bombas de efeito moral ao fundo

“Brasileiro só subindo a rampa, entrando cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, covardes. O poder emana do povo, o povo não vai sair, o povo não vai deixar ladrão governar o país, narcotraficante e muito menos comunista”, declarou Lucimário.

Quem é Mário Furacão

Lucimário era presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde, mas renunciou ao cargo. A CDL informou que, com isso, Mário Furacão não faz mais parte da entidade.

Nas redes sociais, Mário divulgou que é teólogo já foi executivo de vendas e atualmente é empresário . Em seu perfil, que é público, Mário compartilhava com frequência conteúdos contestando o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Mário Furacão, bolsonarista que se filmou durante invasão ao Palácio do Planalto, antes de entrar em carro da PF — Foto: Eneias Costa/TV Anhanguera

Operação da PF

Até as 8h de sexta-feira, a polícia não havia informado se existem outros mandados sendo cumprido no estado. A PF afirma que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo) e no Distrito Federal.

Outras etapas

Desde os ataques de 8 de janeiro, terroristas foram presos, foi decretada intervenção federal no Distrito Federal, afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a identificação de militares envolvidos nos atos e a prisão do ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 20 de janeiro, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Na época, um dos alvos era o dono de um restaurante em Alto Paraíso de Goiás. Ele estava no Rio de Janeiro e fugiu pela janela de uma casa quando agentes tentaram cumprir o mandado de prisão contra ele.
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