Funcionários denunciam diretora de escola por racismo e homofobia após serem chamados de ‘negra imunda’ e ‘viado nojento’

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Funcionários denunciam diretora de escola por racismo e homofobia após serem chamados de ‘negra imunda’ e ‘viado nojento’
25-03-2023
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Funcionários denunciaram a diretora de uma escola estadual por crimes de racismo e homofobia, em Valparaiso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, pelo menos quatro pessoas denunciaram o crime na quinta-feira (23) e nesta sexta-feira (24). À polícia, algumas das vítimas contaram ter sido chamadas de ‘negra imunda’ e ‘viado nojento’.

“Funcionários chegaram reclamando que ela estava utilizando expressões injuriosas, principalmente com relação à raça, a orientação sexual de alguns funcionários, e fazendo piadas”, explicou a delegada Samya Barros.

Segundo a polícia, quatro pessoas realizaram a denúncia até o momento. De acordo com o advogado das vítimas, Suenilson Saulnier, até o momento registraram a denúncia dois funcionários da conservação e limpeza, um professor e uma ex-coordenadora, que pediu e conseguiu transferência para outra unidade escolar. O advogado ainda considerou as denúncias como “extremamente graves”, em um ambiente que “deveria ser de ensino e aprendizado” (veja nota completa ao final da reportagem).

Tentamos  contato coma  a escola por ligação às 15h desta sexta-feira para um posicionamento, mas não obteve retorno. A reportagem ainda solicitou um posicionamento à diretora por mensagem e aguarda retorno.

Secretaria informou que os documentos das denúncias de racismo e maus tratos cometidos pela gestora do Colégio Estadual Almirante Tamandaré serão remetidos à corregedoria e à procuradoria da pasta para análise, averiguações e medidas legais cabíveis (veja nota completa ao final da reportagem).

A polícia explicou que a investigação está na fase de ouvir os depoimentos das vítimas. Segundo a delegada, uma das funcionárias contou ter sido acusada pela diretora de furtar produtos da escola. À corporação, uma das vítimas também relatou que a gestora teria a humilhado ao fazê-la pegar uma banana

O advogado das vítimas acrescentou que essas ofensas contra os funcionários ocorrem há cerca de quatro anos. Um coordenador escolar também foi mencionado como autor de difamações contra funcionários. Não conseguimos localizá-lo para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Nota na íntegra do advogado das vítimas:

“Estamos diante de denúncias extremamente graves por parte de quatro servidores, envolvendo em tese os crimes que vão do assédio moral, injúria , difamação, calúnia, homofobia e racismo. Tudo isso em um ambiente que deveria ser de ensino e de aprendizado. Por óbvio haverá a oportunidade a defesa dos envolvidos, contudo em se confirmando as acusações, é um escândalo sem precedentes na estrutura da educação pública estadual. Acreditamos tanto no compromisso da Secretaria de Estado da Educação, como na Polícia Civil do Estado de Goiás, enquanto a uma apuração célere, isenta, e dentro dos preceitos legais.”

Nota na íntegra da Seduc:

“Conforme informações da Coordenação Regional de Educação (CRE) de Novo Gama, três professores do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, de Valparaíso de Goiás, fizeram, nesta sexta-feira, 24/3, um Boletim de Ocorrência às autoridades policiais da cidade com denúncias de racismo e maus tratos cometidos por gestor da escola.

 Os documentos serão remetidos à Corregedoria e à Procuradoria Setorial da Seduc/GO para análise, averiguações e medidas legais cabíveis.”  

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