Decisão foi assinada nesta terça (30) pelo ministro Luis Felipe Salomão. Entre os gabinetes a serem auditados está o do desembargador Marcelo Malucelli. Na sexta (26), juiz afastado da Lava Jato, Eduardo Appio, pediu auditoria na jurisdição.
O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou nesta segunda-feira (30) a realização de uma auditoria na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, onde tramitam os processos da Lava Jato.
O ministro também determinou a correição dos gabinetes dos desembargadores integrantes da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A decisão é da manhã desta terça-feira (30).
Entre os gabinetes a serem auditados está o do desembargador Marucelli, que se afastou dos processos da Lava Jato em segunda instância após se declarar suspeito. O filho dele, o advogado João Marucelli, é sócio do senador Sergio Moro (União-PR) e da deputada federal Rosângela Moro (União-SP).
Do TRF-4, também devem ser auditados, conforme a determinação, os gabinetes de outros desembargadores da 8ª Turma, formada, além de Malucelli, pelo desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz e desembargadora Loraci Flores de Lima.
A decisão
Salomão determinou que sejam disponibilizadas salas para a audiência de pessoas indicados pelos magistrados. As pessoas a serem ouvidas, de acordo com o corregedor, não deverão se comunicar, sendo autorizado o recolhimento de celulares. A ordem é que as oitivas sejam presenciais, porém, frente à impossibilidade, poderão ser realizadas de maneira remota, segundo o ministro.
Na auditoria, chamada de “correição extraordinária”, também serão solicitados documentos, sigilosos ou não, da vara da Lava Jato e da 8ª Turma do TRF-4.
Na última sexta (26), o juiz afastado da vara, Eduardo Appio, pediu ao CNJ Auditoria da jurisdição. Ele foi afastado do cargo pelo TRF-4 em 22 de Maio. À frente da jurisdição está a juíza substituta Gabriela Hardt.
Auditoria motivada por ‘reclamações disciplinares’
De acordo com o ministro Salomão, a decisão de correição foi tomada, entre outros motivos, frente a existência “diversas reclamações disciplinares em face dos juízes e desembargadores” da 13ª Vara, em Curitiba, e do TRF-4.
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