Médica responsável pelo procedimento estético já ficou impedida de exercer a profissão. Mulher foi internada em um hospital de Aparecida de Goiânia.
Uma enfermeira morreu após ter complicações durante um procedimento estético, em Goiânia. O delegado João Paulo Gomes conta que a mulher ficou internada em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, e morreu nesta quarta-feira (5).
O advogado da médica Lorena Rosique, Eduardo Costa, afirma que a profissional foi informada que a paciente morreu após ter uma pneumonia, que teria sido contraída depois do procedimento cirúrgico. Para o advogado, a possível causa da morte não tem ligação com a cirurgia.
“No caso estético poderiam questionar tromboembolia pulmonar, mas não é o caso. Isso desliga a cirurgia plástica a causa da morte”, enfatiza Costa. Sobre o procedimento, a defesa da médica afirma que houve uma intercorrência notada pelo anestesista e que, depois disso, a cirurgia foi interrompida.
O advogado também diz que a profissional e a vítima eram amigas. Destaca que Lorena manteve contato com a família da paciente e acompanhou o caso quando a enfermeira esteve internada, visitando ela no hospital.
Médica já foi proibida de atuar
Em 2022, a médica ficou impedida de exercer a profissão após duas mulheres denunciarem Queimaduras pele necrosada e cicatrizes depois de procedimentos estéticos com a profissional.
A defesa da médica afirma que a suspensão foi ordenada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), em função da apuração das duas denúncias. Mas que depois que os casos foram esclarecidos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que a profissional tivesse seu registro restabelecido.
Lorena possui o registro profissional suspenso em outros estados do país, como São Paulo. Segundo o advogado, isso aconteceu a pedido da própria médica, que já não atua mais naqueles locais.
O Cremego informou que, atualmente, a situação de Lorena é regular. Além disso, afirma que as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos tramitam em sigilo e, por isso, não podem passar informações sobre a apuração (leia a íntegra da nota no final desta matéria).
Entenda o caso da enfermeira
O delegado João Paulo Gomes informou que a Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar o que aconteceu e que, por enquanto, as informações são preliminares. “O que a gente sabe é que a mulher foi fazer uma cirurgia plástica e teve complicações no início do procedimento”, diz. Segundo o investigador, a enfermeira recebeu alta e voltou para casa, onde passou mal e foi internada no Hospital Santa Mônica.
De acordo com a defesa da médica, a enfermeira realizou todos os exames obrigatórios do pré-operatório, e nenhum problema que pudesse impedir a cirurgia foi detectado. Sendo assim, a operação aconteceu em abril deste ano. Na ocasião, estava prevista uma lipoaspiração na região das costas e no bumbum.
Mas, após o fim do procedimento nas costas, o anestesista ordenou que a cirurgia fosse interrompida. O advogado da médica, no entanto, não soube detalhar o que paciente começou a apresentar para que a operação fosse paralisada. “Foi feita toda a verificação da paciente no pré-operatório e, durante a cirurgia, o anestesista disse que havia uma intercorrência na anestesia e pediu para parar”, relata.
De acordo com o advogado, a partir desse momento, o anestesista assumiu o procedimento e ficou responsável pela paciente. O nome do profissional não foi informado e, por isso, não localizamos a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta matéria.
Após a intercorrência na cirurgia, a paciente passou por atendimento e recebeu alta. O advogado da médica afirma, inclusive, que após esse período, a paciente trocou mensagens com a cirurgiã e afirmou que, apesar das complicações, queria finalizar o procedimento na região do bumbum.
“Daí em diante, a paciente teve alta, foi embora para casa e parecia estar bem. No acompanhamento pós-cirúrgico, indicaram que ela procurasse um hospital devido ela estar sentindo falta de ar”, alega o advogado.
Íntegra da nota do Cremego
A situação da médica é regular. Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) ou das quais a instituição toma conhecimento são apuradas e tramitam em sigilo, conforme determina o artigo 1º do Código de Processo Ético-Profissional Médico.
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