Paulo Antônio de Souza foi condenado a mais de 21 anos de prisão. PM disse que Paulo não retornou após o expediente administrativo ao final do trabalho que fazia para remissão de pena.
O policial Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado por matar o estudante Roberto Campos da Silva , conhecido como Robertinho, fugiu de uma unidade militar onde trabalhava para a remissão da pena. A informação foi confirmada pela Polícia Militar (PM), em nota.
Conversamoa com a defesa de Paulo. O advogado disse que falará com a família do PM antes de se posicionar à imprensa.
Segundo a PM, na última sexta-feira (20), Paulo não retornou ao presídio militar após o expediente administrativo ao final do trabalho que fazia para remissão de pena, em uma unidade militar do Comando de Missões Especiais (CME).
Conforme explicou a PM, o policial está sendo procurado e foram abertos os procedimentos administrativos e criminais pelo Comando de Correições e Disciplina da PM para apurar as circunstâncias da fuga.
Paulo Antônio de Souza Júnior foi condenado a 21 anos e 4 meses de detenção pela morte de Robertinho, que tinha 16 anos, e por balear o pai do adolescente. O crime aconteceu em 2017, e o julgamento teve uma série de adiamentos.
O júri, presidido pelo juíz Lourival Machado, condenou os réus do caso pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual.
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Em abril deste ano, o júri foi adiado após o advogado de defesa dos acusados apresentar um atestado médico. Por isso, foi remarcado e estava previsto acontecer na manhã do dia 17 de maio. Entretanto, o advogado de defesa fez um pedido de adiamento e apresentou um novo atestado médico em que alega que se machucou durante o final de semana.
Conforme o juiz, o atestado do advogado tem duração de 15 dias, mas participou de outro julgamento no dia 15 do mesmo mês. Por causa disso, a clínica que emitiu o documento será intimada para apresentar o prontuário dentro de 24h.
Em entrevista, Roberto Lourenço, pai da vítima, relatou os sentimentos sobre a morte do adolescente.
“Parece que [a morte] foi ontem, é uma dor sem fim”, disse o pai.
RELEMBRE O CASO
Segundo o processo, no dia 17 de abril de 2017, os três PMs, que faziam parte do serviço reservado, estavam à paisana, foram até a casa do ex-mecânico, que estava com o filho e a esposa, e desligaram o relógio de energia.
Assustado, Roberto pegou uma arma que tinha em casa, adquirida após sofrer um assalto, e deu um tiro para cima. Na sequência, foram dados vários tiros de fora da casa para dentro. Ainda de acordo com a investigação, Robertinho foi atingido por mais de dez disparos e morreu no local. Os militares, porém, alegaram legítima defesa.
Roberto também foi baleado e socorrido. Ele recebeu alta tempos depois, mas não se recuperou totalmente, pois ainda tem projéteis no corpo que não foram retirados, o que lhe causa uma série de dores. Os réus, Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior, Rogério Rangel Araújo Silva, chegaram a ser presos, mas foram soltos quase três meses depois.
Nota Polícia Militar
Considerando o pedido de nota sobre a fuga de um policial militar, a Polícia Militar de Goiás informa o seguinte:
O policial em questão estava cumprindo pena em um presídio militar, mas não retornou após o expediente administrativo ao final do trabalho que desempenhava, a título de remissão, em outra unidade militar Comando de Missões Especiais (CME).
Assim que sua ausência foi identificada, todas as medidas necessárias foram tomadas para localizá-lo, incluindo a abertura de procedimentos administrativos e criminais pelo Comando de Correições e Disciplina da PMGO. Estes procedimentos têm como objetivo averiguar as circunstâncias em que ocorreu a fuga.
A Polícia Militar de Goiás reitera seu compromisso em não tolerar qualquer desvio de conduta e colabora plenamente com a justiça.
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