Provavelmente se encerra uma tentativa de compra pela mineradora rival que dura cinco semanas
A Anglo American rejeitou nesta quarta-feira (29) o pedido de última hora da BHP por mais tempo para discutir uma oferta de aquisição de US$ 49 bilhões, considerando-a altamente complexa e provavelmente encerrando uma tentativa de compra pela mineradora rival que dura cinco semanas.
A Anglo havia concedido à BHP uma prorrogação de uma semana, até a tarde desta quarta-feira, frente ao prazo original de 22 de maio para apresentar uma oferta vinculante, depois de ter rejeitado uma terceira proposta de aquisição que considerou difícil de ser executada.
A BHP ainda tem até essa data para fazer uma oferta firme ou desistir. A companhia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas já havia indicado anteriormente que não faria uma oferta hostil.
A Anglo, listada em Londres, concordou em manter conversas com a BHP para tentar resolver as preocupações sobre a estrutura do acordo proposto, isto é, sua condição de que a Anglo separe as unidades de platina e minério de ferro da África do Sul antes da aquisição.
Em uma declaração anterior, a BHP disse que precisava de mais tempo no processo com a Anglo, ao mesmo tempo em que delineava compromissos para minimizar o risco regulatório na África do Sul.
Esses compromissos incluíam a segurança do emprego dos funcionários na África do Sul. A BHP também disse que arcaria com os custos do aumento da participação dos funcionários sul-africanos, que deverá ser exigido em qualquer cisão.
Mas a Anglo sinalizou que esses compromissos não eram suficientes.
“A BHP continua a reafirmar sua crença de que os riscos de sua estrutura complexa não são materiais, mas declarou repetida e consistentemente, tanto publicamente quanto durante os compromissos, que não está disposta a alterar a estrutura proposta para assumir esses riscos”, disse a Anglo em comunicado.
“O anúncio de hoje me diz que a BHP está fazendo tudo o que pode para aplacar quaisquer preocupações que a diretoria da Anglo possa ter do ponto de vista dos empregos na África do Sul e do ponto de vista regulatório”, disse o analista Hayden Bairstow, da corretora Argonaut, em Perth, sobre o pedido da BHP por mais tempo.
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