Homem é condenado a quase 60 anos de prisão e a pagar R$ 150 mil a herdeiros de trio achado morto em covas em Goiás, diz MP

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Homem é condenado a quase 60 anos de prisão e a pagar R$ 150 mil a herdeiros de trio achado morto em covas em Goiás, diz MP
29-01-2025
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José Nilton Corino de Araújo foi condenado pelas mortes de Raí Nunes da Silva, Lucas Borges de Azevedo e Marciano Francisco da Silva Souza. Segundo o MP, crimes ocorreram por disputa por tráfico de drogas.

Um homem foi condenado a quase de 60 anos de prisão pela morte de tês pessoas que foram encotradas mortas em uma vala , em Porangatu, no norte goiano, segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO). José Nilton Corino de Araújo também foi condenado a pagar R$ 150 mil aos herdeiros de cada vítima por danos morais (saiba detalhes da sentença ao fim da reportagem).

O réu foi condenado pelas mortes de Rai Nunes da Silva Lusqa Borges de Azevedo e Marciano Francisco da Silva Souza, que foram assassinados em fevereiro de 2023 após desaparecerem em Mara Rosa  (entenda abaixo como foram os crimes). Segundo o MP, os crimes ocorreram devido à disputa pelo tráfico de drogas em cidades do norte goiano, com indícios de que o réu e vítimas teriam relações com uma organização criminosa.

As informações da sentença foram divulgadas pelo MP-GO na terça-feira (28). José Nilton passou por um júri popular que durou dois dias e foi concluído no dia 23 de janeiro. Não conseguimos  localizar a defesa dele até a última atualização desta reportagem.

Outras duas pessoas eram acusadas de ajudar José Nilton a cometer os crimes. Uma delas foi absolvida no julgamento e a outra teve o processo desmembrado e vai ser julgada em outra ocasião.

José Nilton Corino de Araújo foi condenado por triplo homicídio, vilipêndio (degradação) e ocultação dos cadáveres das vítimas. Além disso, ele também foi condenado por fraude processual. A sentença impôs a seguinte pena, segundo o MP:

  • 57 anos e 16 dias de prisão pelo triplo homicídio;
  • 4 anos e 23 dias de detenção;
  • 66 dias-multa;
  • Pagamento de R$ 150 mil aos herdeiros de cada vítima por danos morais;

Crimes

Segundo a denúncia do Ministério Público, os crimes contra Lucas Borges de Azevedo, Raí Nunes da Silva e Marciano Francisco da Silva aconteceram em um intervalo de três dias, em fevereiro de 2023, na zona rural de Porangatu. Os primeiros crimes foram contra Raí e Lucas e ocorreram no dia 9, conforme o relato do órgão.

O MP explica que o crime contra Raí Nunes ocorreu mediante simulação de parceria para atrair a vítima e por motivo torpe, por uma desavença por tráfico de drogas. Ele foi assassinado com um disparo de arma de fogo e o corpo dele foi degradado, segundo narra o órgão. O corpo dele foi identificado por exame de DNA.

morte de Lucas Borges foi no mesmo dia, pelos mesmos motivos que Raí. Ele, no entanto, recebeu vários disparos de arma de fogo, conforme a denúncia do MP. O órgão também afirmou que o corpo dele foi degradado no dia 12, mas o júri rejeitou essa acusação. O corpo dele foi identificado pela inpressora digital.

Rai e Lucas tuveram seus corppos ocutados . Segundo informado pela Polícia Civil na época do crime, os dois estavam desaparecidos  desde o dia 8 daquele mês. Os dois foram achados em uma vala perto de um carro queimado que pertencia a uma das três vítimas.

Lucas Borges de Azevedo, Raí Nunes da Silva e Marciano Francisco da Silva foram encontrados mortos em Porangatu — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Polícia encontra corpos enterrados em covas em Porangatu — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A terceira morte foi a de Marciano Francisco. O MP detalhou que José Nilton e outra pessoa também mataram Marciano a tiros, causando um politraumatismo na cabeça e no tórax dele. Ele também teve o corpo degradado e isso foi reconhecido pelo júri, conforme informado pelo Ministério Público. Na época, a polícia revelou que o corpo dele estava enterrado a alguns metros de distância, na mesma mata. O corpo dele foi identificados pelas impressões digitais.

Já o crime de fraude processual foi reconhecido pela destruição de provas na tentativa de impossibilitar a realização da perícia. O MP explicou que a fraude identificada “consistiu em lavar com bucha e sabão o interior do veículo (um Vectra), bem como queimar os carpetes do automóvel, com fim de eliminar manchas e sinais de sangue e outras provas”.

Carro incendiado encontrado próximo onde corpos de desaparecidos foram encontrados, em Porangatu — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Investigação e indiciamento

A Policia Civil concluil que os homicídios tenha acontecidos entre os dias 8 e 12  de 2023. Inicialmente, a PC começou a investigar o desaparecimento dos três jovens, mas acabou se revelando em um triplo homicídio. A Polícia Civil disse que descobriu vídeos que o suspeito gravou após cometer os assassinatos. Em um deles, segundo a PC, ele chega a dançar forró com uma mulher ao lado de um dos corpos.

A Polícia Civil afastou a linha investigativa que era abordada inicialmente, sobre uma possível vingança por um suposto estupro, e concluiu que a motivação foi a disputa pelo tráfico de drogas e a cobrança por dívidas.

“A questão do estupro é um mero ‘código’ que eles utilizam no mundo do tráfico para expor mais ainda aquele que vai ser morto. Pela sequência de vídeos e pelos próprios depoimentos, até mesmo o José Nilton confessou que um dos vídeos ele simulou, mentiu que era um estupro. É um meio de talvez dar uma ‘motivação’”, explicou o delegado.

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Polícia achou vídeos gravados por suspeitos após crimes, em Porangatu — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Polícia achou vídeos gravados por suspeitos após crimes, em Porangatu — Foto: Divulgação/Polícia Civil

 
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