Filho vai responder pelos crimes de exploração financeira, por abandono e maus tratos seguido de morte, segundo delegado. Idosa foi abandonada em estado gravíssimo, desnutrida e com lesões no corpo.
O advogado que abandonou a mãe idosa em unidade de saúde vai responder pela morte dela e mais três crimes, disse o delegado do caso, Alexandre Bruno Barros. A idosa de 85 anos morreu por ser abandona pelo filho em um cais no Jardim América, em Goiânia, em estado gravíssimo, desnutrida e com lesões no corpo.
O nome do advogado não foi divulgado pela polícia e, por isso, não obtivemos o contato da defesa para um posicionamento.
“A investigação agora busca a prisão preventiva do suspeito como medida cautelar, de toda forma ele vai responder pelos crimes de exploração financeira, por abandono material e em hospital e maus tratos seguido de morte,” diz Alexandre.
Segundo o delegado, com a morte da idosa, o suspeito deve ser indiciado pelo crime de maus tratos seguido de morte. A pena pode ultrapassar 15 anos, diz Alexandre. De acordo com o delegado, a polícia deve apresentar um pedido de prisão preventiva até sexta-feira (11).
A idosa morreu na quarta-feira (9), a informação foi dada pelo delegado Alexandre e confirmada pelo hospital. Ela estava internada na unidade de terapia intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia desde a última quinta-feira (3).
O advogado foi preso em flagrandte no dia 1º Abril . . A investigação surgiu após a denúncia de uma assistente social do Cais, que relatou que a idosa havia sido deixada na unidade de saúde por uma pessoa não identificada já em estado bastante debilitado.
Além das lesões, a PC informou que a mãe estava suja de fezes e urina e com dificudades para respirar e se comunicar com o filho.
Essa foi a segunda vez que o advogado foi preso pel mesmo crime, informou a PC. Segundo a investigação, a idosa, pensionista de um magistrado, teve grande parte de seus proventos comprometidos devido a empréstimos feitos pelo filho agora detido.
O delegado informou que o advogado foi solto após audiência de custódia realizada na sexta-feira (4).
Em nota, a OAB-GO afirmou que, apesar de a prisão não ter relação com o exercício da advocacia, apura todas as infrações que chegam ao seu conhecimento (leia abaixo).
Nota da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), por meio do Sistema de Defesa das Prerrogativas (SDP), acompanhou nesta terça-feira (1º de abril) a Operação Indignus, que supostamente envolve um advogado. A Seccional esclarece que, apesar de a prisão não ter relação com o exercício da advocacia, apura todas as infrações que chegam ao seu conhecimento, visando garantir o amplo direito de defesa e o contraditório. A OAB-GO reforça que esse acompanhamento visa resguardar as prerrogativas profissionais e fiscalizar o cumprimento dos preceitos éticos da advocacia. Por fim, informa que não comenta eventuais prisões ou condenações de seus inscritos.
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