Rubens Cardoso da Silva é acusado de tentar retirar medicamento controlado sem autorização e de subtrair pomadas do estoque municipal; Polícia encontrou os produtos em sua residência.
O vereador Rubens Cardoso da Silva, do município de Inhumas, tornou-se alvo de investigação da 16ª Delegacia Regional da Polícia Civil após um episódio ocorrido na farmácia municipal. Ele é suspeito de peculato, crime previsto no Código Penal para casos em que um agente público se apropria de bens públicos em benefício próprio.
Na manhã desta quarta-feira (23), uma operação foi deflagrada para cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar. Medidas cautelares diversas da prisão também foram determinadas pela Justiça.
Segundo as investigações, Rubens tentou retirar o medicamento Xarelto — cuja liberação depende de ordem judicial — sem apresentar a documentação necessária. Ao ser impedido pela servidora, teria reagido com pressão verbal e tentativas de intimidação, utilizando-se de sua posição política.
O episódio, que já era grave, tomou um rumo ainda mais preocupante: ao deixar a farmácia, o vereador teria levado duas pomadas (nitrato de miconazol) do estoque municipal sem qualquer autorização ou receita médica. O fato causou desconforto entre os servidores.
Pouco tempo depois, Rubens teria ligado para a funcionária responsável, insinuando que ela estaria sendo observada — declaração considerada ameaçadora, que motivou a ação policial.
Durante o cumprimento do mandado, os produtos foram encontrados em sua residência, o que, segundo a Polícia Civil, reforça a materialidade do crime investigado.
Mais do que o desvio de itens de uso público, o caso reacende o debate sobre o uso do poder político como ferramenta de privilégio pessoal. A investigação segue em curso, e o desfecho do processo é aguardado com atenção pela população de Inhumas.
O espaço do Goiás Online fica aberto ao vereador para envio de uma nota de esclarecimento.
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