Os quatros jovens detidos combinavam crimes por mensagens de celular e ainda compartilhavam fotos das vítimas
Quatro jovens foram presos acusados de matar integrantes de uma quadrilha rival e pessoas que os delatavam para a Polícia Civil em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. Entre os detidos estão Matheus Henrique Augusto de Souza, 19, apontado como líder do grupo, Itallo Gonçalves de Jesus, 18, Edson da Silva Junior, 20 e Kaíque Leão do Nascimento, 21. A polícia ainda procura dois integrantes da quadrilha que estão foragidos.
As investigações apontam que eles combinavam crimes por mensagens de celular e ainda compartilhavam fotos das vítimas. Em dois meses, o grupo é suspeito de executar cinco pessoas.
Durante a apresentação da quadrilha, o delegado Humberto Teófilo de Menezes Neto disse que eles são frios e agiam sempre com crueldade. “Combinavam de matar as vítimas por mensagem de celular e compartilhavam as fotos dos crimes entre eles”, informou nesta quarta-feira (26).
De acordo com Neto, um dos suspeitos escreveu em uma das mensagens: “Vo começa a mata agora […] fica olhando mano (sic)”. Em uma mensagem de voz, o mesmo rapaz ainda planeja a morte de outro rival: “Ele vai vir pegar na minha mão e eu vou sentar o pau. Vou dar [tiro] na nuca para largar de ser trouxa”.
Crimes
O delegado responsável pelo caso contou que o grupo atuava há pelo menos um ano na cidade, mas que passou a cometer os homicídios em fevereiro deste ano.
“Nós prendemos um usuário de drogas que tinha ligação com o tráfico. Ele delatou o Edson, mas o grupo acabou matando ele. Uma testemunha desse homicídio procurou a polícia para dar informações sobre o crime e também acabou assassinada pelo grupo”, disse Neto.
Ainda de acordo com a polícia, a quadrilha, que além de queima de arquivo, também disputava com um grupo inimigo o controle do tráfico de drogas e do roubo de veículos.
Segundo as investigações, o grupo sempre usava carros roubados para cometer crimes. Para o delegado, os veículos geralmente eram furtados em outras cidades. Após matar as vítimas, os suspeitos abandonavam os automóveis com o objetivo de despistar os policiais.