Promotora apurou irregularidades na prova de títulos do concurso.
Órgão pede que Centro de Seleção da UFG reprocesse resultado.
O Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) pediu, na sexta-feira (18), que a homologação do concurso de nível médio para funcionários da presidência da Assembleia Legislativa do estado de Goiás seja anulada. Conforme a promotora Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, foram verificadas irregularidades na prova de títulos.
Segundo a promotora, o edital prevê, além das provas objetivas e dissertativas, uma prova de títulos, que analisa a experiência profissional do candidato com base, exclusivamente, nos vínculos empregatícios.
“Neste concurso as experiências de estágio foram pontuadas, mas elas não são consideradas vínculos empregatícios. Os cargos são para atividades burocráticas, não exigem conhecimentos específicos e não estava previsto no edital a aceitação de estágio para pontuação, por isso foi recomendado o reprocessamento do resultado do concurso”, esclareceu.
O MP-GO sugeriu que o Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás (UFG), responsável pela aplicação dos testes, reprocesse o resultado da prova de títulos de nível médio excluindo a pontuação dada aos candidatos que apresentaram comprovação de estágio.
A instituição deve, em seguida, publicar a nova classificação e reabrir o prazo de recurso. O MP-GO pede, ainda, que a Assembleia homologue o novo resultado e nomeie os aprovados em um prazo de 60 dias.
O G1 tenta contato com a assessoria da presidência da Assembleia por telefone desde as 16h30 de sexta-feira (18), mas os responsáveis não foram encontrados para se posicionar sobre a recomendação até a publicação desta reportagem.