Balanço é do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que informa que as barragens estão localizadas nos estados do Pará, Amazonas e Minas Gerais; levantamento do órgão utiliza dados fornecidos pelas empresas para fazer a avaliação de riscos ligados à infraestrutura do empreendimento até o potencial de danos ambientais e sociais
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) avalia que pelo menos 16 barragens de mineração devem ser consideradas inseguras. A informação consta de um relatório atualizado pelo órgão federal pela última vez em 2014. As barragens consideradas inseguras estão localizadas nos estados do Pará, Amazonas e Minas Gerais.
Levantamento realizado pelo DNPM utiliza dados fornecidos pelas próprias empresas donas das barragens para fazer a avaliação do risco. Neste sentido, o documento abrange riscos que vão desde a infraestrutura do empreendimento ao potencial de danos ambientais e sociais.
Segundo o engenheiro ambiental especialista em segurança de barragens de rejeitos e analista ambiental da secretaria estadual de Meio Ambiente de Goiás Marcelo Valerius, “o risco pode ser até bem avaliado. Mas o mais importante é o poder público cobrar as medidas cabíveis para que o risco seja minimizado”.
Segundo ele, a tragédia causada pelo rompimento de uma barragem 12 dias atrás em Mariana (MG) poderia ser minimizada com a adoção de medidas visando a rápida remoção de pessoas das áreas afetadas por meio de alertas instalados próximos aos centros habitados. “Como avisos sonoros e visuais e até alertas em rede de televisão e estações de rádio, como é feito em alguns países”, destaca.
Especialistas também defendem que os projetos e o monitoramento das barragens de rejeitos sejam fiscalizados como se fossem barragens de usinas hidrelétricas.