As esposas e mães dos detentos planejam ir até o prédio da Sejus para reivindicar melhorias no sistema penitenciário
Mesmo após o fim da greve de agentes penitenciários, o clima na noite deste domingo, 22, era de tensão no entorno do Complexo Penitenciário de Itaitinga, que integra as Casas de Privação de Liberdade Provisória II, III e IV.
Familiares dospresos aguardavam desde de manhã notícias sobre supostos mortos e feridos. Do lado de fora, era possível ouvir estrondos de bombas e tiros.
Há relatos de falta de água, energia e comida dentro das unidades, além de conflitos. Uma senhora de 60 anos, que não quis se identificar, disse ao O POVO que foi até o local porque foi avisada sobre mortes de presos, mas não recebeu informações durante todo o dia.
Segundo a Sejus, existem torres de eletricidade e a comida está sendo entregue. O órgão também diz não há problemas no abastecimento de água.
“Ninguém passou desse portão, ouvimos ofensas dos caminhoneiros, a gente foi chamada de ‘vagabunda’ porque reivindicamos o direito deles. Todo mundo tem direito, eles já estão pagando pelos crimes deles”, disse Luísa Aurélia Santos da Silva.
As esposas e mães dos detentos planejam ir, nesta segunda-feira, 23, até a Coordenadoria do Sistema Penitenciário (Cosipe) para reivindicar
melhorias no sistema. “Os presos só queriam as visitas deles, os familiares deles, se tivesse deixado entrar isso não teria acontecido”,critica Luiza
com informação o povo online