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Garota de 11 anos foi baleada ao abraçar o pai em briga por causa de pizza.
Juiz negou qualificação do crime por motivo torpe, em Aparecida de Goiânia.
O comerciante George Araújo de Souza irá a júri popular pela acusação de ter matado Kerolly Alves Lopes, de 11 anos, baleada na cabeça ao defender o pai durante uma briga. A determinação do juiz Leonardo Fleury Curado Dias, da comarca de Aparecida de Goiânia, foi publicada na quarta-feira (2). Segundo oTribunal de Justiça de Goiás a data do julgamento ainda não foi definida e ainda cabe recurso da decisão.
O crime aconteceu no dia 27 de abril do ano passado. Kerolly foi baleada durante uma briga entre o pai, Sinomar Firmino Lopes, e o comerciante. Dizendo ter sido ameaçado, Sinomar foi até a pizzaria de George, acompanhado das filhas, para tirar satisfação e o homem acabou efetuando disparos contra a família. Imagens do circuito de segurança do estabelecimento registraram toda a ação.
Kerolly foi atingida na cabeça e ficou 10 dias internada na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ela teve morte cerebral constatada no dia 5 de maio de 2013. Dois dias depois, a menina morreu por falência múltipla de órgãos.
O juiz também decidiu que o comerciante não será julgado pela tentativa de homicídio do pai da criança, Sinomar Firmino Lopes, e sua irmã, Pérola Alves Lopes. Além disso, a Justiça descartou a qualificação do crime como motivo torpe por entender que George não agiu por vingança, mas foi “provocado, insultado e ameaçado por Sinomar”.
Também foi descartada a qualificação apontada na denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de que a conduta do acusado não permitiu à vítima nenhuma chance de defesa. Para o magistrado, a pessoa contra quem George efetuou os disparos foi o pai da menina e, deacordo com os depoimentos e as imagens decâmeras de segurança, Sinomar teve chances de sair do local antes dos disparos.
George responde ao processo em liberdade. Para o juiz, não há necessidade em decretar a prisão, pois o acusado possui endereço certo, profissão definida e compareceu a todos os atos do processo.
Briga
A polícia concluiu o inquérito policial no dia 9 de maio e George foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e por tentativa de homicídio. Dias antes, ele teve a prisão temporária decretada e havia se entregado à polícia. Após pouco mais de 20 dias preso, ele conseguiu umhabeas corpus e foi solto.
O Ministério Público defende a tese de homicídio consumado duplamente qualificado e duas tentativas de homicídio também duplamente qualificadas. “A defesa sustenta que o réu agiu em legítima defesa putativa, mas nós temos a certeza absoluta que isso não aconteceu. As câmeras são muito importantes para o MP demonstrar que o réu foi atrás da vítima, foi em direção das mesmas, as perseguiu e desferiu tiros. Essa sustentação da defesa é incabível”, opina o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior.
Apesar de participar da briga, o pai de Kerolly não foi acusado pela delegada que investigou o caso, Marcella Orçai. O serralheiro chegou a ser preso, mas porque deixou de cumprir uma pena por ter agredido a ex-mulher, em 2008. Ele foi solto após passar um dia na Casa de Prisão Provisória.
Infelizmente a história terminou em final triste! O acusado de matar a garota Kerolly foi absolvido por ser réu primário e agora a família da vítima se sente presa e ameaçada e pretende mudar de estado! Agora o rapaz passa a comemorar assistindo jogo de futebol, bebendo cerveja em bares com os amigos e isso vai fazer com que a situação dele complique ainda mais! A sociedade quer linchá-lo em memória de Kerolly. Assim, o dono da pizzaria pega o carro e dirige em alta velocidade. Acontece uma grande tragédia. Ele acaba atropelando 32 pessoas no ponto de ônibus e na calçada o que chocou a população. Apenas cinco sobreviveram. Agora ele é considerado o criminoso de Goiânia!