Mandados fazem parte da operação Lesa Pátria e foram cumpridos em Brasília e no Rio, PF cumpre também mandados de prisão no DF e em cinco estados.
Policiais federais cumpriram nesta sexta-feira (27) mandados de busca e apreensão em endereços de Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os mandados, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fazem parte da terceira fase da operação lesa a pátria – relacionada aos envolvidos nos atos golpistas do último dia 8.
Fi apurado que equipes foram a endereços de Léo Índio em Brasilia e no Rio de Janeiro. A PF não divulgou a lista de itens apreendidos nos imóveis.
Léo Índio participou dos atos de terroristas no dia 8 e publicou imagens em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal . Em uma das postagens, Léo Índio aparece com os olhos vermelhos – segundo ele, devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.
Seis presos
Até as 8h40, seis dos 11 mandados de prisão já tinham sido cumpridos. Os presos vão ficar detidos nos estados, e devem prestar depoimento ainda nesta sexta.
Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados “constituem, em tese, os crimes de”:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
- destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. Ela foi flagrada em vídeos depredando os prédios públicos e, antes, já tinha sido presa por tráfico. Veja abaixo:
Idosa que aparece em vídeos depredando patrimônio público já foi presa por tráfico
Em Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora – veja quem são os suspeitos.
Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram
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No Paraná, foi preso o empresário Claudio Mazzia.
No Distrito Federal, foi preso o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo. Nas eleições de 2018, ele concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PRP.
José Fernando Honorato de Azevedo, preso na operação Lesa Pátria por envolvimento em atos golpistas no DF — Foto: Reprodução
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou os números da operação em uma rede social.
“Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas”, escreveu.
Terrorismo em Brasília
No dia 8 de janeiro, um grupo de bolsonaristas radicais invadiu e depredou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Operação permanente e novas denúncias
Nesta quinta, a Polícia Federal também informou que a operação Lesa Pátria se torna permanente. Novas fases devem ser deflagradas conforme as investigações avancem.
A PF informou que, com isso, haverá “atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.
A corporação pede que informações sobre as pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos de 8 de janeiro sejam encaminhadas ao email denuncia8janeiro@pf.gov.br.
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