Empresas oferecem até brindes para quem levar moeda para trocar.
Problema é causado pelo hábito de guardar dinheiro em cofres.
Comerciantes reclamam da falta de moedas circulando em Goiás. Sem elas, as empresas têm dificuldade em dar o troco para os clientes. Uma das saídas encontradas pelos empresários é oferecer brindes a quem levar moedas para as empresas. Em uma panificadora deGoiânia, por exemplo, quem levar acima de R$ 100 em moedas pra trocar por cédulas ganha uma quitanda.
“Melhorou, mas não resolveu 100% não porque ainda falta muita moeda. Peço para as crianças quebrarem o cofrinho e que venham trocar aqui com a gente”, diz a atendente da padaria Eunice de Castro.
O problema também afeta aos vendedores de passagens de ônibus, que precisam dar balinha e chiclete para completar o troco. Passageiros reclamam de não receber a devida quantia. “Sempre quando a gente vai comprar sitpass o troco está faltando”, reclama a estudante Ivonete Ribeiro.
O gerente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (Setransp), Elias Ribeiro, conta que está cada vez mais difícil conseguir a quantia de moedas necessária para atender a todos os passageiros.
“Nós fazemos parceria com as empresas de transporte de valor para que possam nos abastecer daquelas moedas que mais faltam. Hoje tem uma dificuldade das moedas de R$ 0,05 e R$ 0,10 e a gente tem provocado os usuários com mensagens de ‘Facilite seu Troco’”, afirma o gerente.
A falta de moedas é causada, principalmente, pelo hábito de juntar moedas em cofres. Segundo o Banco Central, todos os anos são investidos mais de R$ 400 milhões na fabricação de moedas no país. No entanto, conforme levantamento da unidade, a cada 10 moedas, quatro ficam guardadas.
O hábito de guardar dinheiro é comum a pessoas de qualquer faixa etária. A estudante Maria Eduarda, de 7 anos, faz questão de ter um cofrinho para economizar. Ela já comprou com as moedas que juntou objetos que deseja, como bonecas, material escolar e até uma cama.“Eu junto tudo até ver que dá para comprar alguma coisa que eu quero comprar”, conta a criança.