Vinicius Mello e Camila Melo estão foragidos e a suspeita é que eles tenham fugido para os Estados Unidos. Grupo também é suspeito de sonegação fiscal.
Os nomes do corretor de grãos Vincius Martini e da esposa Camila Rosa Melo foram incluídos na lista de procurados da Interpol por suspeita de aplicar um golpe milionário contra produtores rurais, em Goiás, segundo a Polícia Civil. A polícia acredita que o casal tenha fugido para os Estados Unidos.
“A partir do momento em que houve a expedição do mandado de prisão imediatamente nós providenciamos que eles fossem incluídos na [lista da] Difusão Vermelha para que eles pudessem ser capturados onde forem encontrados”, detalhou o delegado Márcio Henrique Marques.
Vinicius e Camila são suspeitos de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Por eles estarem foragidos, a Polícia Civil de Goiás divulgou o nome e a foto dos dois.
A defesa constituída pelo advogado lamentou as acusações contra Vinicius e Camila. Disse que ele e a família trabalham há mais de 10 anos no ramo e que “nunca teve nenhum problema”, mas que há seis meses “acabou por não conseguir honrar os compromissos em decorrência de uma questão econômica”. Ele ainda disse que o cliente vem tentando honrar com os compromissos e que existem acordos para pagamento de débitos de credores que “estão sendo feitos e que vêm sendo pagos”.
“Isso é um absurdo. As pessoas que denunciaram o Vinícius, bem como autoridade policial, deveriam colocar a mão na consciência e entender que um empresário que constituiu débitos porque não conseguiu saldar suas obrigações de decorrência das alterações de mercado não é um criminoso”,
Segundo o delegado, os crimes eram cometidos pelos suspeitos para a ostentação e manutenção de uma vida de luxo. Além de Vinicius e Camila, que são procurados, quatro pessoas foram presas em uma operação da Polícia Civil realizada nos dias 28 e 29 de novembro. A ação policial também apreendeu quase 470 veiculos areonaves imóveis de luxo e pediu o blqueio de R$19 milhões .
Os advogados Gabriela Lima e Rodrigo Castor são responsáveis pela defesa de duas pessoas presas na operação. Em nota, eles afirmaram que a prisão preventiva dos clientes “é indevida e todas as providências cabíveis para devolver a liberdade aos investigados estão sendo tomadas”. Disseram também que vão provar que “todos os negócios jurídicos feitos pela empresa são lícitos e fidedignos”.
Já os advogados Alessandro Gil Moraes e Danilo Marques Borges são responsáveis pela defesa das outras duas pessoas presas na operação. Em nota, eles disseram que “acreditam plenamente na inocência dos investigados” e que, como o processo está sob sigilo, ainda não teve acesso à íntegra dos autos. Por isso, “não emitirá comentários ou avaliações sobre o caso neste momento”.
O portal entrou em contato com a empresa suspeita do crime, por e-mail enviado às 15h04 e por mensagem enviada 15h12, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.
Operação Deméter
O delegado Márcio Marques detalhou que a investigação teve início em junho deste ano após Vinicius, que é corretor de grãos, dar um golpe milionário em produtores rurais de Rio Verde e fugir para os Estados Unidos junto com Camila, que é sua esposa.
A operação cumpriu 34 mandados de busca e apreensão e realizou quatro prisões nas cidades de Rio Verde, Morrinhos , Goiânia, Santo Antônio da Barra, Montividiu.
“Nós apreendemos armas, joias, documentos, veículos importados, caminhonetes, caminhões bitrens, que a depender do modelo, vale mais de R$ 1 milhão, e casas de luxo. A quantia aproximada dos bens sequestrados é de R$ 200 milhões”, informou o delegado.
com inforações G1 Goiás
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