Dono de empresa de eventos é preso suspeito de integrar grupo investigado por fraudes em licitações em mais de 30 cidades

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Dono de empresa de eventos é preso suspeito de integrar grupo investigado por fraudes em licitações em mais de 30 cidades
07-12-2022
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Werlan Vieira Moura, proprietário da Nobel Eventos, foi detido nesta quarta-feira, em Anápolis. Grupo é suspeito de receber R$ 300 milhões de recursos dos municípios goianos.

O empresário Werlan Vieira Moura, de 52 anos, foi preso suspeito de integrar um grupo investigado por Fraudes  em licitações em pelo menos 34 cidades de Goiás. Werlan é dono da Nobel Eventos, empresa responsável por shows e festivais em cidades goianas.

Por ligação, o advogado da família de Werlan disse que o empresário está no Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito. A defesa vai aguardar mais detalhes da prisão para se posicionar.

Werlan foi preso nesta quarta-feira (7), em Anápolis, a 55km de Goiânia. A operação foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o grupo é suspeito de receber R$ 300 milhões entre 2015 e 2022 de verba dos municípios goianos.

Em uma rede social, Werlan descreve que é proprietário da Nobel Eventos e Geradores que, segundo ele, há 18 anos, realiza os maiores shows do Brasil. Além disso, há na descrição do perfil as empresas: Estância Nobel, Nobel Music, Nobel Geradores e Rancho Nobel. No perfil da empresa, foi divulgado que, no dia 23 deste mês, está previsto um show do cantor Gusttavo Lima.

Operação

A operação acontece por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI). Foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao grupo.

De acordo com o MP-GO, além das fraudes, o grupo é suspeito de desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e outros crimes. Conforme divulgado pelo órgão, o grupo criou várias empresas em nomes de “laranjas” para simular concorrências em licitações.

A investigação mostrou que, além das fraudes nas licitações, os membros do grupo, que têm envolvimento de agentes públicos, forjavam a contratação sem licitação das empresas para facilitar os desvios de recursos públicos, por serviços ou bens que não eram executados ou entregues.

Atuação

Segundo o MP-GO, as empresas criadas não tinham estrutura e, mesmo assim, possuíam um leque de atividades descritas nos contratos. A investigação apontou que essa tática era uma forma de possibilitar o uso das empresas em contratações públicas envolvendo diversos ramos, entre eles:

  • Locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins
  • Fornecimento de mão de obra
  • Serviços de limpeza
  • Locação de veículos
  • Materiais higiênicos e hospitalares destinados ao combate da Covid-19

O MP-GO informou que 26 investigados e 21 empresas tiveram o sequestro e bloqueio de bens no valor de mais de R$ 172 milhões. A decisão foi da juíza titular da Vara Especializada, Placidina Pires.

A megaoperação teve na equipe 30 promotores de Justiça, 23 delegados de Polícia, 65 agentes policiais e 100 policiais militares, além de servidores do MP-GO e integrantes da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros de Goiás.

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