Haissander Souza de Paula tinha 33 anos e trabalhou para o ex-ministro e deputado Marcelo Álvaro Antônio. Ele foi encontrado morto na casa da mãe, sem marcas de violência pelo corpo.
Haissander Souza de Paula, ex-assessor do deputado federal e ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, foi encontrado morto nesta quinta–feira(5), em Aimoré (MG). Ele tinha 33 anos e estava na casa da mãe. As causas da morte ainda serão investigadas.
A mãe dele disse à polícia que buscou o filho em Governador Valadares para cuidá-lo, pois “estava tendo alucinações, era hipertenso e ultimamente estava se automedicando com remédios para dormir”.
Segundo ela, Haissander teria passado mal no fim da tarde dessa terça-feira (4), com dores no braço e alucinações. Ele foi levado ao hospital e liberado à noite. Na manhã desta quarta, ele foi encontrado morto em um colchão e sem marcas de violência pelo corpo.
Preso por extorsão
No sábado (1º), Haissander foi preso na BR-116, em Governador Valadares, suspeito de extorsão de dinheiro. Segundo a polícia, ele teria furtado um celular e depois exigido R$ 600 para devolver o aparelho ao dono.
O homem que fez a denúncia disse que estava no carro, reclinou a poltrona, colocou o celular sobre a barriga e cochilou. Quando acordou, o aparelho já não estava mais lá.
Logo depois, ele chamou um amigo que estava próximo e pediu a ele para ligar para o número do celular. A pessoa que atendeu, que no caso era Haissander, marcou um encontro para entregar o aparelho.
Ainda de acordo com a polícia, ao chegar no local, ele disse que era delegado da Polícia Federal e exigiu o pagamento de R$ 600, mostrando uma arma na cintura.
O amigo da vítima, que estava em uma caminhonete, percebeu o que estava acontecendo e conseguiu avisar a polícia do caso.
Os militares abordaram o carro onde estavam Haissander e a vítima. Eles constataram que a arma não era verdadeira, porém Haissander foi detido pela denúncia de extorsão de dinheiro.
Haissander, que era considerado homem de confiança de Marcelo Álvaro, ficou nacionalmente conhecido no escândalo de candidaturas laranjas do PSL , em Minas Gerais. Segundo a Polícia Federal, o partido usou de candidaturas de fachadas para desviar recursos do fundo eleitoral.
De acordo com as investigações da PF, ele também cobrava das candidatas suspeitas a devolução de verba pública de campanha para destiná-la a uma empresa ligada a outro assessor político. Aproximidade do ex ministros com os demais investigados foi fundamental do seu indiciamento