Na data do crime, que ocorreu no último dia 12 de outubro, o suspeito acionou a polícia e se entregou. Decisão diz que prazo limite para a prisão durante investigações é de 10 dias.
Familiares de Sandra Gonçalves Nunes, de 45 anos, se revoltaram com a decisão da Justiça de Goiás que determinou a soltura do homem que confessou ter matado a namorada, em Itaguari, no centro de Goiás. Juliano José Rodrigues Martins é suspeito de matar a mulher enquanto ela dormia com a filha.
O caso aconteceu no último dia 12 de outubro. Logo depois do crime, o homem se entregou à polícia e foi preso. No boletim de ocorrência, a Polícia Militar afirmou que o homem acionou o batalhão “e confessou que havia acabado de cometer o homicídio contra a sua namorada”. Segundo a família, o suspeito e a empresária tinham um relacionamento de mais de 14 anos.
Ele foi solto da prisão pela Justiça de Goiás com uma decisão do juiz Renato Cesar Dorta Pinheiro, emitida no último dia 10 de novembro. Segundo o documento, o investigado estava preso há 29 dias sem que houvesse “notícias sobre a conclusão do inquérito policial”.
“Verifica-se que se encontra excedido o prazo de 10 dias, nos termos do artigo 10 do Código de Processo Penal”, explicou o magistrado.
O Tribunal de Justiça disse que o tribunal não comenta decisões, uma vez que os juízes possuem autonomia.
O advogado Piterson Maris, que defende Juliano, disse que o cliente “agiu por grave emoção ao descobrir que estava sendo traído na cidade, isso com aditivo da bebida”.
Com a soltura, o juiz explicou que a unidade prisional deve instalar a tornozeleira em Juliano, formalizando o compromisso do suspeito com as normas que devem ser obedecidas. Após Juliano ser solto, o irmão da vítima, Danilo Gonçalves, revelou que o sentimento da família é de medo.
“Como pode o homem assassinar a namorada, a filha ver, e ele sair com 29 dias? A cidade está apavorada”, comentou o homem.
“Estamos chocados”, acrescentou.
Danilo conta que estava na casa quando o suspeito invadiu o local com uma arma e a irmã foi morta.
“Eu deitei na cama, acordei com ele em cima de mim, apontando a arma”, disse.
“Achei que era brincadeira”, complementou.
A família ainda descreveu que o suspeito teria ido até o quarto onde estava a vítima, que dormia com a filha do casal, de seis anos, e atirou três vezes contra a mulher. Sandra morreu no local.
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