Proprietária relatou que o local já foi invadido quatro vezes desde novembro de 2024. Caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A dona de uma fazenda em Cristalina denunciou que garimpeiros invadiram a propriedade de 350 hectares para extrair cristais de forma ilegal, no Entorno do Distrito Federal. Em imagens obtidas com exclusividade, eles aparecem escavando e peneirando o terreno. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
De acordo com a proprietária, que preferiu não se identificar, cerca de 500 garimpeiros passaram o fim de semana na propriedade rural. A dona relatou que a fazenda já foi invadida quatro vezes desde novembro de 2024.
“Em março, teve um que deu dois tiros na divisa da propriedade, intimidando o meu pessoal que tava consertando a cerca que eles haviam quebrado. Eu conversei com eles, falei que não podia, que era propriedade particular. Aí eles falaram: ‘é melhor a senhora deixar a gente garimpar, porque nós não vamos parar não’”, narrou.
“Quem descobriu aquela desgraça fui eu. Eu sei que todo mundo tá clandestino lá naquele inferno. Se vim conversar comigo naquele garimpo, vai levar bagunça lá […] Amanhã eu vou até pegar meu revólver e levar. Eu quero ver quem vai conversar comigo naquela desgraça amanhã”, ameaçou o homem.
A extração dos cristais só pode acontecer legalmente com a autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM). O g1 entrou em contato com a Secretária Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Investigação
Segundo a apuração a Polícia Civil já identificou que alguns dos garimpeiros ilegais vieram de Minas Gerais e do Distrito Federal.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Alisson Gotardo, além da invasão domiciliar, essas pessoas estão cometendo crime ambiental.
“É uma situação que demanda o envolvimento de outros órgãos, Ibama, Agência Nacional de Mineração… para identificar essas pessoas, chegar em quem são os fornecedores, e quem sustenta essa cadeia logística de extração, venda e transporte irregular de minérios”, explicou.
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