A vítima chegou a tomar o revólver e atirar no companheiro e jogar o filho por cima do muro para protegê-lo, mas foi baleada pelas costas e morreu. Homem está preso e responde por feminicídio.
O guarda civil municipal Anderson Gomes Pedro Pupim, de 40 anos, matou a esposa após ter ameaçado o enteado, de 6 anos, com uma arma por acreditar que ele tinha pego seu celular, segundo a Polícia Civil. Caroline Conceição do Nascimento chegou a tomar o revólver e atirar no companheiro e jogar o filho por cima do muro para protegê-lo, mas foi baleada na sequência e morreu.
entramos em contato por mensagem com a defesa de Anderson Gomes, que informou que responderia os questionamentos da reportagem ainda na manhã desta quarta-feira (27).
A polícia informou que concluiu o inquérito sobre o crime de feminicídio. As investigações mostraram que no dia 1º de janeiro, Caroline estava em casa com o filho, em Goiânia, e começou a discutir com o esposo por conta da agressividade dele com o enteado.
Segundo a polícia, Anderson acusava o enteado de sumir com seu celular e apontou a arma para o menino, o ameaçando de morte. Durante a briga, Caroline conseguiu tomar a arma e atirar contra o marido.
Como o portão da casa estava trancado e a chave estava com o guarda, Caroline pegou o filho e jogou por cima do muro, para que uma vizinha a ajudasse a salvar o menino. Momentos depois, o Anderson, ferido, conseguiu pegar a arma e atirar pelas costas da esposa, que morreu no local.
“O Anderson alegou legítima defesa, mas a versão dele é divergente dos laudos que temos. Temos indícios de histórico de violência contra a vítima e a versão dele de como aconteceram os fatos não bate com os laudos que foram feitos no local”, explicou o delegado Rilmo Braga.
Após o crime, o menino foi levado pelos avós para o Macapá (AP), onde toda a família mora. O guarda foi socorrido e levado ao hospital. Ele recebeu alta e foi transferido para o presídio de Goianápolis, na Região Metropolitana. O homem vai responder por feminicídio, com os agravantes de motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima.
