Mais de 150 trabalhadores são resgatados por trabalho análogo à escravidão em Goiás

Capa » NOTÍCIAS » Mais de 150 trabalhadores são resgatados por trabalho análogo à escravidão em Goiás
Mais de 150 trabalhadores são resgatados por trabalho análogo à escravidão em Goiás
17-02-2023
Compartilhe agora:

Operação resultou em três resgates em duas cidades. Em Acreúna, 139 pessoas resgatadas em usina de cana-de-açúcar e 13 trabalhadores em fábrica de ração. Em Quirinópolis, caseiro de 67 anos foi achado em casa que não tinha nem banheiro.

Mais de 150 trabalhadores foram resgatados por trabalho análogo à escravidão em Goiás. A operação resultou em três resgates em duas cidades. Em Acreúna, no sudoeste de Goiás, 139 pessoas trabalhavam sem as mínimas condições necessárias em uma usina de cana-de-açúcar e 13 trabalhadores, da mesma forma, só que em uma fábrica de ração. Em Quirinópolis, na mesma região, um caseiro de 67 anos foi achado em casa que não tinha nem banheiro.

Os nomes das empresas e dos empresários onde os trabalhadores atuavam não foram divulgados pelo MPT. Por isso,  não conseguimos localizar as defesas deles para que se posicionem, até a última atualização desta reportagem.

 A operação começou no dia 7 deste mês e foi concluída nesta quinta-feira (16). A ação é desenvolvida de forma conjunta pelo MPT, Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb/GO), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Federal (PF).

Segundo o MPT, 139 pessoas foram achadas trabalhando em “condições degradantes de trabalho”, em uma usina de cana-de-açúcar em Acreúna, na região sudoeste de Goiás.

A situação foi descoberta após uma denúncia registrada no site do ministério e, depois disso, foi feita uma ação conjunta entre os órgãos, que resultou no resgate.

Segundo o MPT, eles trabalhavam de forma forçada, com jornadas exaustivas e se submetendo a situações degradantes de trabalho. Eles não recebiam nem mesmo alimentação, de acordo com o órgão. O ministério afirmou que os trabalhadores são de cidades nordeste, como Piauí, Pernambuco, Maranhão e Bahia.

Nesta quinta-feira, por volta de 12h, foi realizada uma ação coletiva no Fórum de Acreúna para indenizar os trabalhadores. O MPT descobriu que havia irregularidade nos contratos dos funcionários e que a usina teria contratado empresas terceirizadas que seriam responsáveis por atrair os trabalhadores para este serviço.

Funcionava da seguinte forma: a usina contratava empresas e essas empresas atraiam esses trabalhadores para trabalhar no local com a promessa de receber um salário maior do que era pago, e com alojamentos com “boas condições” para eles morarem.

A TV Anhanguera apurou que, durante a ação coletiva, foi definido que a usina terá de fazer o acerto retroativo dos valores devidos. Foram negociados:

  • R$ 900 mil de verbas rescisórias, sendo parte desse valor por de danos morais individuais;
  • R$ 500 mil de danos morais coletivos.
  • veja as noticias no nosso instagram @informativo.cidades 

Contato: (62) 992719764
(clique para ligar agora)

informativocidades@gmail.com

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.Campos requeridos estão marcados *

*