Médico é indiciado por morte de adolescente que teve o intestino perfurado durante cirurgia em hospital de Goiânia

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Médico é indiciado por morte de adolescente que teve o intestino perfurado durante cirurgia em hospital de Goiânia
14-07-2021
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Milleny Lopes Costa, de 17 anos, morreu após passar por três procedimentos cirúrgicos. Mãe pede por justiça: ‘Queremos honrar a memória dela’.

O médico   Wilson Moisés Oliveira  Martins foi indiciado pela morte da estudante Milleny Lopes Costa, de 17 anos, que teve o intestino perfurado durante uma cirurgia em um hospital de Goiânia. A Polícia Civil concluiu que houve negligência por parte do cirurgião após o procedimento e o indiciou por homicídio culposo.

 Entramos  em contato com a defesa do médico para que se posicionasse sobre o caso, por meio de mensagem enviada às 16h desta terça-feira (13), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

A adolescente morreu no dia 6 de setembro de 2020, após sofrer uma infecção generalizada. Mãe da menina, Ruth Lopes Vieira, de 50 anos, espera que o médico seja responsabilizado pelo erro para que outras famílias não tenham de enfrentar a mesma dor.

“A gente quer que ele seja condenado por essa negligência. Isso não vai minimizar a dor da falta da minha filha. O que a gente também quer é honrar a memória dela, que tinha uma vida toda pela frente”, disse a mãe.

No dia seguinte, ao chegar para visitá-la, Ruthy relatou que o médico estava realizando outro procedimento no próprio quarto e sem a sua anuência. Segundo a mãe, mais uma vez, ele não a informou do que se tratava.

“O médico estava dentro do quarto como se fosse um centro cirúrgico, com todos os equipamentos e bandeja com instrumentos. Ele estava cortando a Milleny na altura do pescoço e não me informou nada. Quando terminou, ele não me explicou”, disse.

 Solicitamos  um posicionamento ao Hospital Goiânia Leste, por e-mail enviado às 15h17, e aguarda um retorno.

Após o procedimento no quarto, Ruthy disse que entrou em contato por mensagem com uma médica conhecida avisando do ocorrido e que estava com medo de a filha morrer no local.

Milleny foi transferida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel em estado grave, no dia 5 de setembro, para o Hospital do Coração, também em Goiânia. Após novos exames, foi comunicado à família que a estudante precisaria passar por uma nova cirurgia.

Segundo a mãe, foi neste procedimento que a equipe médica constatou que o intestino da adolescente estava furado há dois dias e que o líquido estava se espalhando pelo corpo, o que causou uma infecção generalizada. Ela morreu no dia seguinte.

“Nós ficamos em oração. No outro dia, o pessoal do hospital ligou. Eu já sentia [que ela tinha morrido], não é fácil”, lamentou a mãe.

Os advogados da mãe da adolescente, Taysa de França e Melo Procópio e Tayrone de Melo, informaram que o principal objetivo do processo é a punição do médico que causou a morte da adolescente: “Esse profissional não pode sair impune”. A defesa afirmou ainda que vai ingressar com um pedido de suspensão do CRM do cirurgião.

 
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