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Perícia determinou que a causa da morte da criança foi uma ação violenta, contradizendo o relato inicial da mãe
A morte de uma bebê de 2 meses revelou um caso de incesto entre pai e filha. Em Campinorte, uma mulher foi presa e um homem foi morto em confronto com a polícia após a criança, fruto da relação do casal, ser levada com parada respiratória e diversos hematomas ao hospital, neste sábado (30). Segundo a Polícia Civil, o homem era foragido de um feminicidio ocorrido na Bahia.
A bebê foi levada ao hospital municipal de Campinorte sem vida. A mãe relatou que a criança havia se engasgado, mas a equipe médica encontrou hematomas suspeitos pelo corpo da criança e acionou a polícia. A perícia subsequente determinou que a causa da morte foi uma ação violenta, contradizendo o relato inicial da mulher.
Durante as investigações, imagens de câmeras de segurança mostraram que a mãe estava acompanhada de um homem no hospital. Inicialmente, ela identificou o indivíduo como “primo”, mas as apurações revelaram que ele era, na verdade, pai biológico e avô da bebê – ou seja, pai também da suspeita e mãe da vítima.
A investigação apontou um relacionamento incestuoso, resultando em duas filhas com deficiências decorrentes dessa relação. Entre elas, a bebê que morreu neste sábado.
O delegado Peterson Amin, da Polícia Civil de Campinorte, explicou que, em conjunto com a unidade de inteligência de Uruaçu, a polícia realizou a prisão da mulher e confrontou o homem, que morreu durante uma troca de tiros. “Essa mulher levou a filha para o hospital municipal da cidade de Campinorte, alegando que ela teria se engasgado. No entanto, durante o exame da criança, os médicos identificaram hematomas e sinais roxos, o que gerou suspeita na equipe médica. Em razão disso, a equipe policial foi acionada e iniciamos as investigações”, disse o delegado.
Apuração
De acordo com o delegado, durante a apuração, foi descoberto que a mulher não agiu sozinha. A investigação revelou que ela morava com um homem na mesma casa, que inicialmente foi acreditado ser um primo. No entanto, as apurações mostraram que ele era, na verdade, o pai biológico e avô da criança. Foi então constatado que, além de pai, eles mantinham um relacionamento amoroso, e a bebê era filha do casal.
O homem, identificado como Inácio José Neto, estava foragido e usava um nome falso para evitar um mandado de prisão por feminicídio na Bahia. Ele foi localizado em uma chácara na zona rural de Campinorte, onde resistiu à prisão e trocou tiros com os policiais. Durante o confronto, Inácio foi alvejado e morreu no local.
A mãe permanece presa e à disposição da Justiça, enquanto as investigações continuam para esclarecer mais detalhes sobre o caso.
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