Segundo ela, imagem da menina foi feita há meses e a preocupou. Mãe da criança afirma que ele atirou para cima em frente ao trabalho dela; homem, que é conselheiro tutelar, nega.
Uma mulher denuncia que o ex-marido, contra quem ela tem uma medida protetiva, a persegue e ameaça, em Jandaia , no centro de Goiás. Segundo a mulher, o casal tem duas filhas – uma de 4 anos e outra de 1 – e, antes de se separarem, o homem, que é conselheiro tutelar, mandou a ela uma foto da mais velha com uma arma na mão.
O conselheiro disse que a foto foi feita com uma arma de brinquedo do filho de um amigo dele que estava visitando-o à época. “Eu acho que se fosse inadequado não tinha venda”, ele avaliou.
Também segundo a mulher, o ex atirou várias vezes para cima em frente a distribuidora em que ela trabalha na última sexta-feira (12), o que a deixou apavorada.
Após ouvir os tiros, a diarista se trancou no banheiro e chamou a Polícia Militar para ser levada para casa, com medo. Ela registrou o caso na Polícia Civil, que deve investigar se houve ameaça e violência.
O homem nega que tenha sido ele a pessoa a realizar os disparos, que foram registrados por câmeras de monitoramento.
O delegado Luiz Gonzaga, que está responsável pela região, disse que a Polícia Civil está investigando o caso.
O procurador do município de Jandaia, Paulo César Bernardo, informou que foi aberta um processo administrativo que está apurando o fato de o conselheiro ter feito uma foto da filha segurando uma arma de fogo, “o que, por si só, é de extrema gravidade”.
Há um pedido para que a Justiça determine a prisão do conselheiro feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) no último dia 10 de novembro, com base nos relatos da vítima. Até as 10h12 desta terça-feira (16), não havia decisão sobre a solicitação no portal do Tribunal de Justiça de Goiás.
Denúncias
A diarista contou que terminou o relacionamento com o conselheiro e conseguiu uma medida protetiva contra ele no último mês de setembro, concedida pela Justiça “em razão das ameaças, agressões físicas e verbais”.
Há um registro de troca de mensagens entre ela e o ex em que o homem a ameaça de morte. Na ocaisão, ele escreveu:
“Não tenta dificultar o meu acesso com minhas filhas não, porque assim já não damos certo mais. E se você sonhar em atrasar o meu lado com minha filha eu vou ter que mata você. Tô avisando (sic)”.
No documento assinado pelo juiz Aluízio Martins Pereira de Souza, o conselheiro ficou proibido de se aproximar da ex e dos familiares dela, não pode ir à casa ou local de trabalho dela, manter contato, ficar 60 dias sem visitar as filhas, entre outras restrições.
No entanto, a mulher contou que, na sexta-feira, ele foi ao trabalho dela tentando reatar o relacionamento.
“Ele chegou e sentou ao meu lado, começou a falar que queria voltar, que aqueria criar as meninas juntas. Eu falei que não queria e ele saiu. Não passou nem dez minutos e ele chegou lá atirando”, disse a diarista.
A mulher recordou ainda de outra ocasião em que sentiu medo do ex. Segundo ela, estava com as filhas em uma praça quando o viu rondando o local.
