Os pais da pequena Nur vivem há 10 anos no Aquário de São Paulo em uma espécie de recinto climatizado. O destino da pequena ursa ainda é incerto.
O Fantastico deste domingo (16) mostrou registrado no dia dia da nova primeira bebê ursonascuda na Amarica Latina. Junto com essa notícia inédita, vem um receio. A veterinária-chefe do Aquário de São Paulo, Laura Reisfeld, teme que se repitam as críticas de 10 anos atrás, quando os pais da bebê chegaram no Aquário de São Paulo.
“Por que tem urso polar no Brasil? Que absurdo, esses animais precisam voltar para a natureza. Mas quando a gente trabalha com conservação não tem limite, não tem barreira geográfica, está todo mundo no mesmo planeta”, afirma.
Laura conheceu Aurora e Peregrino na Rússia. O Peregrino nasceu no zoológico de Kazan, na Rússia. Aurora encontraram com seis meses, porque a mãe foi caçada. Eram animais que não tinham a possibilidade de retornar para a natureza.
A proposta do pessoal do Aquário de São Paulo era fazer uma parceria técnico-científica com os russos.
“A gente gostaria muito de fazer parte do programa de reprodução. Então, a gente fez um recinto todo climatizado, com temperatura que pode chegar a menos 15 graus. Com máquinas que soltam gelo que formam pilhas”, explica a veterinária-chefe do Aquário de São Paulo, Laura Reisfeld.
Russos e brasileiros trocam informações de tempos em tempos e agora mais ainda.
“Nós temos de tentar fazer tudo parecido com o que acontece na natureza”, destaca um dos participantes do programa.
Certo é que Nur será sempre cuidada por humanos. Não há chance dela ser introduzida na natureza.
“Ele precisa passar o período de dois anos com a mãe para aprender todo esse processo da caça, de deslocamento do Ártico. E se ele não tem esse aprendizado, ele não sobrevive no Ártico”, explica.
Ameaça de extinção
Os ursos polares estão ameaçados de extinção. Atualmente, a população estimada gira entre 22 e 31 mil.
Nur está com três meses e pesando cerca de seis quilos. A presença dela no Brasil pode ter efeito importante, pensam as veterinárias.
“Eu desejo que ela seja uma esperança. E que ela ajude muito, muito às pessoas repensarem seus hábitos”, diz Laura.
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