Novo decreto determina a Lei Seca em Goiás para evitar aumento dos casos de coronavírus

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Novo decreto determina a Lei Seca em Goiás para evitar aumento dos casos de coronavírus
27-01-2021
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Bares e estabelecimentos similares ficam proibidos de vender bebida alcoólica entre 22h e 6h. Medida recebeu apoio de maioria dos prefeitos das cidades goianas.

Os bares e estabelecimentos similares estão proibidos de vender bebida alcoólica entre 22h e 6h a partir desta terça-feira (26), conforme decreto publicado pelo governo de Goiás como medida para conter o aumento de novos casos de coronavírus no estado.

O documento diz que a restrição é para comércio e consumo de bebidas alcoólicas em locais de uso público e coletivo em Goiás, o que engloba as distribuidores de bebidas e restaurantes. A fiscalização ostensiva fica a cargo da Polícia Militar e da Vigilância Sanitária.

O descumprimento da norma vai ser penalizada com multa, interdição do estabelecimento e cancelamento do alvará sanitário, de acordo com o texto.

A proposta da lei seca foi colocar em votação por meio de uma enquete  na segunda-feira (25) e a maioria dos prefeitos goianos apoiaram a medida.

A principal preocupação apresentada por prefeitos em uma videoconferência é a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais municipais e estaduais. Os prefeitos de Itumbiara, Porangatu, Jataí, Luziânia e Formosa informaram que todos os leitos estavam ocupados na segunda-feira.

Para o governador Ronaldo Caiado, a crescente taxa de ocupação na rede hospitalar pública pode se agravar sem a adoção de medidas restritivas.

 “Minha visão médica é que podemos, amanhã, estar numa situação crítica”, pontuou o governador.

Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, os bares são os locais de maior risco de contágio.”Porque as pessoas se aglomeram e retiram a máscara. Quando tem bebida alcoólica, a pessoa fica mais tempo no local. Essa seria medida a restritiva [Lei Seca] para evitar aglomerações”, avaliou Amorim.

Coronavírus em Goiás

O balanço sobre o coronavírus da Secretaria Estadual de Saúde, desta terça-feira, mostra que 342.816 pessoas estão infectadas e 7.318 morreram  por complicações causadas pelo vírus. Nas últimas 24 horas, a secretaria registrou 2.706 novos infectados e 23 mortes.

O governo goiano disse estar preocupado também com aumento na taxa de  ocupação de Unidades  de Terapia Intensiva (UTIs), que segundo o governador Ronaldo Caiado  (DEM) está “no limite”. Nesta quarta, porém, a taxa chegou a 80%.”Estamos naquele limite. A transmissibilidade [da Covid-19] tem sido alta. A letalidade tem mantido o percentual de 2% e também temos a preocupação com finais de semana e eventos. Não podemos ter uma oscilação para mais nesse quadro que estamos vivendo agora”, destacou o governador.

Crescimento de casos positivos

Flúvia Amorim destacou um estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) para fundamentar a proposta da Lei Seca que mostra que a segunda onda da Covid-19 chegou ao estado.

Para a superintendente, o temor é que este momento seja pior que o primeiro, como tem sido visto em outros estados, apontando o exemplo do Amazonas, que entrou num colapso da rede pública de saúde.

O estudo separou 10 cidades goianas que apresentam grau elevado de transmissibilidade da doença. Flúvia Amorim explica que os municípios que têm taxa média de contágio acima de 1 ponto estão com a transmissão do vírus em estágio “acelerado”. Então, cada caso positivo gera mais um. Veja abaixo:

  • Goiânia: 1.01
  • Aparecida de Goiânia: 1.52
  • Rio Verde: 1.75
  • Águas Lindas de Goiás: 1.54
  • Luziânia: 1.74
  • Valparaíso de Goiás: 1.76
  • Trindade: 1.83
  • Formosa: 1.27
  • Novo Gama: 1.75
  • Senador Canedo: 1.61

Testagem em Goiânia

A escalada dos casos positivos em Goiânia preocupa a administração municipal, conforme o secretário de Saúde da capital, Durval Fonseca Pedroso. Segundo ele, a última testagem em massa realizada pela prefeitura em janeiro mostrou que a taxa de transmissão do vírus subiu para 14%, numa amostra de 4 mil pessoas, enquanto a mesma taxa era de 3,5% em novembro do ano passado.”Dos testados, 200 pessoas passaram por avaliação médica e metade apresentava sintomas da doença. O que preocupa é a circulação do assintomático de maneira mais relaxada”, ressaltou o secretário.

Como a taxa de ocupação dos leitos de UTI em Goiânia está próxima a 80%, o secretário informou que foram acrescentados mais 28 leitos exclusivos para a Covid-19 na última semana.

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