Motoristas eram mantidos em cárcere privado por até dois dias, sendo a delegada. Prejuízo ultrapassa os R$ 6 milhões.
Um grupo foi preso suspeito de roubar e manter ao menos sete caminhoneiros em cárcere privado, em Itumbiara, no sul goiano. Segundo a delegada Alessandra Alvarenga, os cinco suspeitos pertencem a uma facção e eram responsáveis por roubar cargas de grãos e os veículos das vítimas. Os caminhoneiros, inclusive, chegaram a ficar até dois dias presos em uma casa sob a vigilância do grupo, que conta com quatro homens e uma mulher. O prejuízo ultrapassa os R$ 6 milhões.
Como o nome dos suspeitos não foram divulgados, não conseguimos localizar as defesas deles para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.
O grupo, conforme a delegada, usava a violência para render os motoristas em postos de combustíveis e, em seguida, os levavam para o cativeiro em Itumbiara, onde eram mantidos até o caminhão ser descarregado e desmontado. Depois do processo, as vítimas eram abandonadas em outras cidades do interior do estado.
“Identificamos o primeiro roubo no final de fevereiro. A casa da mulher era o cativeiro usado pelos criminosos, era uma forma de aluguel. Ela também era responsável pela alimentação dos caminhoneiros. As vítimas falaram que havia uma outra mulher, mãe de uma criança, de 3 anos, que ficava brincando na casa”, explicou.
A PC chegou até os suspeitos, segundo a Alessandra, após uma das vítimas pedir para ir ao banheiro e ver alguns documentos da mulher. Ele gravou o nome da suspeita antes de voltar para o quarto onde estava preso e, depois de solto, informou a polícia.
“Os motoristas sofreram prejuízos na caso dos R$ 500 mil cada um porque não tinham seguro. Ficaram sem o bem de sustento da família. Os produtos, por outro lado, sofreram de modo geral um prejuízo de R$ 3 milhões”, afirmou.
A foto dos três suspeitos foi divulgada para ajudar a polícia a encontrar possíveis novas vítimas e suspeitos. A corporação não divulgou as imagens dos demais presos.